domingo, 28 de fevereiro de 2010

Uma cidade: Bogotá


Pouco lembrada e pouco visitada por brasileiros em geral, Bogotá é uma ótima surpresa. De clima quase sempre agradável, muito verde e predomínio de prédios baixos de tijolinhos vermelhos, a capital colombiana tem um belíssimo centro histórico, ótimos bares e restaurantes, excelentes museus, muito a se visitar em seus arredores, noite fervilhante e... 'las guapas chicas bogotanas'!
A gíria local mais usada? 'chévere' - sinônimo de 'cool', de qualquer coisa ou pessoa que seja bacana, interessante, legal.



Aqui, uma das belas peças do espetacular Museo del Oro:



E aí embaixo, uma das atrações da Casa Botero, museu exclusivamente dedicado à obra do mais famoso pintor colombiano:



Ótimo restaurante no alto da montanha, onde se chega de teleférico:



Resumindo: És todo muy chévere!

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Musas de Qualquer Estação


Com mais de 50 milhões de discos vendidos, ela é a artista feminina de maior sucesso da história da música inglesa. Seu nome? Helen Folasade Adu, mais conhecida como Sade Adu. Filha de nigeriano com inglesa, Sade nasceu na cidade de Ibadan, na Nigéria, mas vive em Londres desde os quatro anos de idade, quando o casamento de seus pais acabou. Figura um tanto misteriosa e avessa a badalações e francamente oposta à absurda exposição das pseudo-celebridades de hoje, Sade é também dona de uma discografia extremamente enxuta para os seus mais de 25 anos de carreira. Aos 51 anos de idade, acaba de lançar ‘Soldier of Love’, que é apenas o seu sexto disco. Além da voz suave e profunda, e das composições elegantemente construídas e executadas, Sade é uma mulher linda, maravilhosa mesmo. Pouco se sabe de sua vida pessoal, além do fato de que foi casada uma vez – com o cineasta espanhol Carlos Pliego, de 1989 a 95 – e que tem uma filha (Ila Adu), nascida em 1996 de um relacionamento com um músico jamaicano, cujo nome a imprensa nunca conseguiu descobrir. Alcançou enorme sucesso já em seu primeiro disco (‘Diamond Life’, de 84), que trazia o megahit ‘Smooth Operator’. Depois, cada vez mais espaçados, vieram ‘Promise’ (1985), ‘Stronger than Pride’ (1988), ‘Love Deluxe’ (1992) e ‘Lovers Rock’ (2000). Antes do recentíssimo ‘Soldier of Love’, foi também lançado, em 2002, ‘Lovers Live’, gravado ao vivo. Suas músicas parecem, às vezes, repetitivas. Sade e seus músicos descobriram uma fórmula musical e insistem nessa fórmula. Para alguns, é acomodação e falta de criatividade; para outros, é uma marca, uma busca pelo aperfeiçoamento de um estilo. Você decide. Por algum motivo, não consegui colocar aqui o clip de 'Soldier of Love', mas recomendo a visita ao endereço http://www.youtube.com/watch?v=q4xb9TSIITY, onde é possível assisti-lo. É belíssimo!

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Sobre macacos e homens


Deve ser algum distúrbio neurológico ou trauma de infância, mas a verdade é que adoro ler matérias sobre comportamento animal e psicologia de bichos. Na Folha de hoje, tem uma ótima sobre a índole dos macacos bonobos. Esses nossos primos distantes destacam-se entre os primatas por serem extremamente pacíficos e sociáveis, além de fazerem sexo em varias posições e não necessariamente com fins reprodutivos. Um recente estudo de uma bióloga americana tenta explicar o porquê disso. E a conclusão, em resumo, é que ‘os bonobos nunca se tornam adultos’. Cuma?? Vejamos…

No tal estudo, a cientista juntou 30 chimpanzés e 24 bonobos. Formou pares de animais da mesma espécie e deu pedaços de banana para um deles. Bonobos costumavam compartilhar a comida recebida, independentemente da idade, enquanto chimpanzés jovens dividiam a banana, mas adultos ignoravam essa possibilidade. A infância dos primatas tem, como característica, o gosto por brincadeiras e diversão. Mas conforme crescem, animais como os chimpanzés se tornam menos sociais, mais individualistas, mesquinhos e agressivos. Os bonobos, supõe a cientista, ‘talvez nunca cheguem à fase adulta’. Isso não significa, ela diz, que os bonobos sejam menos ‘evoluídos’ que os chimpanzés; trata-se de maneiras diferentes de se adaptar a situações diferentes. As espécies se separaram há cerca de 2 milhões de anos, passando a ocupar áreas distintas. Ancestrais dos bonobos ficaram fora de regiões exploradas por gorilas, onde acabava sobrando mais comida, ao contrário do territorio que acabou ‘sobrando’ para os chimpanzés.

Mas e daí? Bem, como chimpanzés e bonobos são primos próximos da espécie humana, as descobertas podem ajudar a entender as origens do comportamento das pessoas. A cientista diz que os bonobos são especialmente parecidos com humanos: pessoas também são sociáveis e gostam de sexo em varias posições. Mas humanos também podem ser muito agressivos e mesquinhos; e ficar só no papai-mamãe e no sexo para fins reprodutivos. Ou seja, não caminhamos nada, hehehe… e se você leu isso até aqui, provavelmente perdeu seu tempo. Ou não...

Que beleza...


Olha essa: o ex-presidente argentino Néstor Kirchner está sendo acusado de ter se beneficiado de informação privilegiada do governo de sua mulher, Cristina, para a compra de 2 milhões de dólares. Isso aconteceu em outubro de 2008, pouco antes do peso se desvalorizar em relação ao dólar. O dinheiro foi usado na compra de um hotel no sul do país, onde o casal Kirchner já possui um empreendimento de luxo. O ex-presidente afirmou que a operação foi totalmente legal, está indicada em sua declaração de renda, e que ‘não existiu benefício cambial, uma vez que o pagamento foi efetuado na mesma moeda adquirida (dólar)’. A noticia foi originalmente veiculada pelo Clarín, jornal que está no meio de uma verdadeira guerra com os Kirchner. Segundo o jornal, a informação veio do Banco Central, que até outro dia era dirigido por Martin Redrado, outro desafeto do casal. Redrado declarou inclusive que possui ‘uma lista dos amigos do poder que compraram dólares para se beneficiar da desvalorização’. É claro que não sei se a transação foi ilegal ou não, não sei se existe essa tal lista e não sei patavina de transações financeiras, informações privilegiadas ou varaições cambiais. Mas acima de tudo, não entendo como ninguém questiona, em primeiro lugar, de onde vem essa dinheirama dos Kirchner. E principalmente, como um povo supostamente tão politizado e tão bem informado como o argentino, continua a eleger aberrações como Menem e os Kirchner…