sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Musas de Qualquer Estação


Desde a primiera vez que vi Rosalie Anderson ‘Andie" MacDowell em cena, fui capturado por sua sutil elegância, sua beleza incomum, seus cabelos, seu sorriso. Essa americana da cidadezinha de Gaffney, na Carolina do Sul, nasceu em 21 de abril de 1958, e é descendente de escoceses. Quando estudante de História da Arte na cidade de Columbia, dividia um apê com a irmã e trabalhava como garçonete em dois restaurantes, juntando dinheiro pra ‘tentar a vida’ em Nova York. Quando finalmente chegou à BigApple, não demorou quase nada pra iniciar carreira como modelo; logo, era clicada por nomões como Bruce Weber e Richard Avedon, para marcas como Armani e Yves Saint Laurent. Mas foi uma série de outdoors em Times Square para uma campanha da Calvin Klein que despertou a atenção do diretor Hugh Hudson; imediatamente, escalou a moça para um papel em ‘Greystoke – A Lenda de Tarzan’(1984). Era a estréia de Andie MacDowell no cinema. Só em imagem, porém: Glenn Close dublou todas as falas de Andie nesse filme, em virtude de seu forte sotaque sulista…


A autocrítica foi forte: depois disso, Andie encarou quatro anos de estudo de arte dramática no famoso Actor’s Studio. O sucesso de público e crítica veio a seguir, em 1989, com ‘Sexo, Mentiras e Videotape’, de Steven Soderbegh. Na sequência vieram os bons ‘Green Card’ (de Peter Weir, 1990) e ‘The Object of Beauty’ (de Michael Lindsay-Hogg, 1991), onde as cenas da natural e suave nudez de Andie já valeriam o ingresso. Esse foi o melhor período da carreira da atriz, concluido com os superlativos ‘Groundhog Day’(de Harold Ramis, 1993), ‘Short Cuts’ (de Robert Altman, também em 93) e ‘Quatro Casamentos e um Funeral’ (de Mike Newell, 1994). Depois disso, Andie foi a atriz principal do filme de estréia de Diane Kaeaton na direção ('Unstrung Heroes’, de 1995) e tentou repetir, com ‘Multiplicity’ (1996), o sucesso da parceria com o director Ramis. Mas o roteiro não tinha a força e a criatividade do ‘Dia da Marmota’ e Michael Keaton não chega nem perto de Bill Murray… Seguiram-se o fraquinho ‘Michael’(de Nora Ephron, 1996) e o apenas razoável ‘The End of Violence’ (de Wim Wenders, 1997).


O próximo filme de destaque em seu currículo acontecería só no ano 2000, com o lançamento do belo ‘Harrison’s Flowers’ (de Elie Chouraqui), onde uma inspirada Andie vive a mulher de um jornalista desaparecido na então Iugoslávia. Nada de muito relevante dali pra frente: filmes 'made for TV', participações tímidas em produções desinteressantes para o cinema. Andie MacDowell parece ter resolvido se dedicar aos três filhos de seu primeiro casamento, que durou de 1991 a 99. Depois disso, casou-se novamente em 2001 e voltou a se separar, trê anos depois. Atualmente, vive com a prole adolescente em um rancho no seu estado natal. Parece aquele chavão da matrona-fazendeira americana, não é mesmo? Nada a ver com a imagem sofisticada e fatal, da mulher que vive só para cultivar a própria beleza, que Andie passa nos comerciais da L’Oreal… Qual das duas personas você prefere?

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Pois é...


Tudo indica que o Belchior está mesmo desaparecido: ninguém vê seu famoso bigode desde 2007.
Mas Oswaldo Montenegro, Ivan Lins e Fagner continuam por aí...

segunda-feira, 24 de agosto de 2009



Interessante sugestão do talentoso designer e amigo Zabarov (www.ManoBrowser.com.br), para tornar mais representativo de sua natureza, o logo da Lei Anti-Fumo do Zé Serra...

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Guitar Heroes (3)


Ele bebia demais, vestia no palco as mesmas roupas surradas e mal ajambradas que usava no dia-a-dia, nunca se preocupou em fazer média com o esquemão do show-biz e nem era amiguinho dos jornalistas de música. Talvez por tudo isso, o nome de Rory Gallagher quase nunca seja citado entre os maiores guitarristas de blues e rock. Mas o cara foi sensacional. Em seus curtos 47 anos de vida (1948–1995), o irlandês da cidadezinha de Ballyshannon fez e aconteceu: entre uma garrafa e outra de bourbon, lançou ótimos discos e incendiou platéias, principalmente européias, com a pegada forte e original da velha e descascada Fender Stratocaster (modelo 1961), guitarra que tornou-se sua marca registrada. Para Eric Clapton, “Rory foi o cara que me trouxe de volta para o blues”. Para Brian May (ex-Queen), “Devo a ele o som que faço”. E para Johnny Marr (ex-Smiths), “Foi ouvindo Rory que resolvi ser um guitarrista e viver disso”.

A carreira profissional de Rory Gallagher começou em 1966, quando formou o Taste. Em pouco tempo, o trio fez seu nome na cena rock da Inglaterra. Virou ‘banda-residente’ do Marquee Club de Londres, lançou quatro discos, fez o show de abertura na histórica noite de despedida do Cream no Royal Albert Hall, foi o ‘supporting act’ para a turnê americana da efêmera superbanda Blind Faith (de Clapton e Steve Winwood) e terminou em 1970, com um show no Festival da Ilha de Wight (que foi, digamos, a versão britânica de Woodstock).

A década de 70 foi a mais produtiva para Rory Gallagher. No período, como artista-solo, lançou dez álbuns, com destaque para os excelentes “Live in Europe”(1972), “Blueprint” e “Tattoo” (ambos de 73), “Irish Tour” (1974) e “Calling Card” (de 76). Foi também nos anos setenta que Gallagher foi convidado a substituir Mick Taylor nos Rolling Stones e Ritchie Blackmore no Deep Purple, mas preferiu dedicar-se às suas paixões originais: além, é lógico, do bourbon, o blues (tocou com os históricos bluesmen Albert King e Muddy Waters), o rock’n roll básico (gravou com Jerry lee Lewis) e a música irlandesa tradicional (participação especial nos discos do violinista Joe O’Donnell e do cantor Lonnie Donegan). Nos anos 80, Rory Gallagher diminuiu um pouco o ritmo e gravou apenas dois discos – os menos inspirados “Jinx” (1982) e “Defender” (1987); seus shows, no entanto, continuaram concorridíssimos por toda a Europa. E após o lançamento de “Fresh Evidence”, em 1990, Rory embarcou em uma longa e bem sucedida turnê pelos Estados Unidos.

Mas o excesso de álcool, agravado pela quantidade de tranquilizantes que tomava pra encarar seu cada vez mais forte medo de avião, já debilitavam seriamente a saúde de Rory Gallagher e sua própria capacidade como artista de palco e de estúdio. Em seu último show, dia 10 de janeiro de 1995 na Holanda, já era uma pálida e triste imagem do que fora um dia. Internado para um transplante de fígado, acabou pegando uma infecção hospitalar que o levou à morte, em 14 de junho daquele ano. Em sua cidade-natal, Ballyshannon, há um Museu Rory Gallagher e um Teatro Rory Gallagher. E em Dublin, um pub outrora frequentadíssimo pelo músico, mantém uma réplica da famosa guitarra Fender em um canto nomeado ‘Rory’s Corner’. Para quem nunca ouviu falar dele, sugiro que procure, além dos Lps e CDs aqui mencionados, pelo ótimo DVD “Irish Tour ‘74”, que há pouco tempo comprei por R$ 9,90 nas Lojas Americanas. Ou que dê uma busca no Google, que tem alguns vídeos bem legais de Rory Gallagher. Entre eles, esse aí de baixo, de uma apresentação na TV inglesa em 1973. A música é “Walk on Hot Coals”, faixa original do ‘Blueprint’ que mencionei lá em cima. A gravação é cortada pouco antes do final mas... what the hell! That’s the man at his best!

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Olha essa!



Notícia publicada pelo Último Segundo, do IG:

Em Washington, 95% das notas de dólar contêm cocaína

Cerca de 95% das cédulas de dólar que circulam na capital dos Estados Unidos, Washington, apresentam traços de cocaína, segundo estudo realizado pela Universidade de Massachusetts.

O número representa um aumento de 20% em relação a 2007, e supera o de outras grandes cidades americanas como Boston, Baltimore e Detroit, onde a média de notas contaminadas com a droga foi de 90%.

A pesquisa analisou cédulas em mais de 30 cidades em cinco países. No Brasil, a avaliação de dez notas concluiu que 80% delas tinham traços de cocaína.

Além dos Estados Unidos, o Brasil só foi superado pelo Canadá, com uma média de 85% de cédulas contaminadas.

A China e o Japão foram os que apresentaram o menor nível de cocaína no dinheiro em circulação.

Segundo os cientistas, as cédulas ficam com restos de cocaína quando são usadas como "canudo" para inalar a droga ou mesmo quando notas limpas são guardadas com outras contaminadas.

O principal autor da pesquisa, Yuegang Zuo, disse que, de maneira geral, aumentou o número de cédulas com traços da droga.

"Não sabemos com certeza por que houve esse aparente aumento, mas ele pode estar relacionado à atual crise econômica mundial, que fez com que mais pessoas estressadas recorressem à cocaína", afirmou.

Nos Estados Unidos, as notas mais "limpas" vieram de Salt Lake City, no Estado do Utah, onde a maioria da população é formada por mórmons.

De acordo com Zuo, cada nota analisada continha entre 0,006 microgramas e 1,240 microgramas de cocaína (o equivalente a entre menos do que um grão de areia e 50 grãos de areia, respectivamente).


OBS: Só acho que a tese do autor da pesquisa, de que a crise aumentou o consumo, é furada...

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Guitar Heroes (2)


Esse simpático tiozinho aí de cima é Robert Fripp, genial guitarrista, criador do King Crimson - que formou, ao lado do Pink Floyd e do Yes, a Santíssima Trindade do rock progressivo (ok, podemos incluir aí o Emerson, Lake & Palmer e o Genesis da fase Peter Gabriel). Isso, antes do gênero tornar-se um bolo de noiva vazio e açucarado.

Nascido em 16 de maio de 1946 na cidadezinha de Wimborne Minster, Inglaterra, Fripp começou sua carreira quando respondeu um anúncio de jornal em que os irmãos Giles (Peter, baixista, e Michael, baterista) procuravam um organista/cantor. Ele não era nem uma coisa nem outra, mas o trio Giles, Giles & Fripp estava formado e chegou inclusive a lançar um LP, que passou despercebido. Mas estava plantada a semente do Rei Escarlate. Em 69, com Michael Giles, Greg Lake, Pete Seinfeld e Ian McDonald, saía “In the Court of Crimson King”. Sucesso absoluto e que, por incrível que pareça, continua vendendo bem. Ouvindo esse disco hoje, algumas faixas soam datadas, mas permanece acima de tudo, a marca da inovação e da originalidade. A marca da guitarra de Robert Fripp.

Apesar do sucesso, logo depois do lançamento, a formação original debandou. Ficou Fripp, que seguiu sustentando o Crimson com diferentes line-ups até 1974, quando ocorreu o primeiro grande hiato na história da banda. Antes, porém, lançaram nada menos do que oito discos, com destaque para “In the Wake of the Poseidon” (1970), “Larks’ Tongues in Aspic” (1973), “Starless and Bible Black” (1974) e o sensacional “Red” (também de 74). Antes do final dessa primeira fase do King Crimson, Fripp ainda gravou com Brian Eno em 1973 o viajante “No Pussyfooting”, lançando o conceito da ‘ambient music’, com muitos climas, bases pré-gravadas - mantras musicais eletrônicos. Voltaria a se encontrar com Eno em 75 no álbum “Evening Star”, cristalizando um estilo que chamou de ‘Flippertronics’ e que viria a influenciar muita gente, de Steve Reich a Philip Glass e Jon Hassell.

Em 1977, Robert Fripp foi o guitarrista do primeiro álbum-solo de Peter Gabriel; no mesmo ano, tocou todas as guitarras do emblemático “Heroes”, de David Bowie. Por essa época, tive a felicidade de assistir a um show de Fripp e Gabriel no Hammersmith Odeon de Londres… Em 79 saiu “Exposure”, primeiro disco-solo de Robert Fripp e ele fez sua primeira turnê como ‘front-man’. De passagem por Nova York, gravou com The Roches, com Blondie e com os Talking Heads (no LP “Fear of Music”). Mais uma sessão de estúdio com Bowie resultou no belíssimo LP “Scary Monsters (and Super Creeps)”. Nesse disco, de 1980, a guitarra de Fripp em “Fashion” ainda hoje soa absolutamente devastadora, única. No mesmo ano, formou a efêmera banda The League of Gentleman.

E em 1981, com nova formação, voltou glorioso o King Crimson. Essa segunda encarnação, com Fripp, Bill Bruford (bateria), Adrian Belew (guitarra/vocais) e Tony Levin (baixo), foi espetacular. Se você achar por aí os discos “Discipline” (1981), “Beat” (1982) e “Three of a Perfect Pair” (1984), compre imediatamente!! Durante esse revival do Crimson, Fripp ainda arranjou tempo pra gravar um disco ao lado de Andy Summers, guitarrista do Police: “I Advance Masked”, onde os dois tocam todos os instrumentos.

Em 1985, Robert Fripp virou professor de música na American Society for Continuous Education (ASCE) em Claymont Court, EUA. O curso dado por Fripp, ‘Guitar Craft’, acabou gerando um grupo profissional, The League of Crafty Guitarists, que lançou diversos discos e realizou várias turnês, quase sempre ao lado do mestre. Em 93 e 95, Robert Fripp lançou dois ótimos discos ao lado de David Sylvian (ex-guitarrista do Japan) e foi por essa época que retomou o projeto Flippertronics, agora utilizando tecnologia digital. Lançou diversos CDs em uma série que ele chamou ‘Soundscapes’ (algo como paisagens sonoras). Retomou também o King Crimson, com nova formação e dois novos discos: “Dinosaur” e “Thrak”, ambos lançados em 1995. No ano 2000, nova encarnação do Crimson e mais dois discos: “The ConstruKction of Light” e “The Power to Believe” - este, de 2003. Em 2004, Fripp realizou extensa turnê mundial com o projeto G3, ao lado dos também guitarristas Steve Vai e Joe Satriani. E no ano seguinte, foi contratado pela Microsoft para criar ‘paisagens sonoras’ para o Windows Vista.

Robert Fripp ocupa a posição 42 no ranking dos “100 Maiores Guitarristas de Todos os Tempos” da Rolling Stone. No vídeo abaixo, uma rara apresentação do Flippertronics, ainda analógico, com os inacreditáveis gravadores de rolo, em 1979, na TV americana. Detalhe: ele é canhoto, mas sempre tocou guitarra como destro.

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Daslu Sonegation School


Primeiro foi a E.Trancheira, da Daslu; depois, a L.B(C)ulhões, de uma loja chiquérrima na Avenida Europa. Ontem, foi a vez dessa alegre senhôra aí de cima, a alemã Franziska H...., ter a sua sofisticada loja no Shopping Iguatemi, fechada pela PF sob acusação de sonegação de R$ 11 milhões em impostos. A fulana vende seus sapatinhos de cristal a preços que variam entre 500 e 7 mil reais; suas criações se destacam por utilizar materiais 'exóticos', como pele de peixe, canela de avestruz e peito de peru (!!!!). A polícia suspeita de que metade das vendas era feita com nota e metade sem nota. Uma das notas fiscais encontradas na loja, durante a Operação Scarpin (hehehe, adoro esses nomes...), mostra que a mulé comprou uma sapatilha por R$7,35 e vendeu por R$185. Além disso, a loja não tinha inscrição estadual e os funcionários estavam registrados em empresa sem sede e sem endereço. Que beleza, hein dona Chica?

Essa dona Chica das Alemanha, vejam só, foi casada com A.Mellão, ex-presidente da Câmara Municipal de SP - preso em 2004 por extorsão. E antes de abrir a suntuosa loja no Iguatemi, tinha o seu puxadinho adivinha onde? Lógico, na Daslu!

É claro que isso é só a pontinha do iceberg. Afinal, quem paga imposto no Brasil é só gente otária. Como eu e você que me lê.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

'Patópolis', o livro


Na minha infância, gostava de ler histórias em quadrinhos, especialmente aquelas do mundo dourado e assexuado dos personagens Disney. Meus favoritos? Mickey, os Metralhas, João Bafo-de-Onça, Mancha Negra, Peninha, Maga Patalógika, SuperPateta.

Depois, meu gosto pelos gibis evoluiu para Hergé (Tintim), Goscinny/Uderzo (Asterix), Manara (Valentina) e Crumb (Freak Brothers), mais as tiras e charges do Millôr, do Jaguar e do Angeli. Ficaram os personagens Disney relacionados à uma infância ainda ingênua para se incomodar com os evidentes e graves problemas daquelas historietas: americanismos, machismos, estereótipos...

E agora, vejo com satisfação no ótimo blog -'cultura e crítica', linkado aí ao lado - do escritor e jornalista Marcelo Coelho, que seu novo livro (ainda em progresso) deve ter o nome de 'Patópolis'. Olha que delícia esse aperitivo que o Marcelo colocou em seu blog e que tomo a liberdade de reproduzir aqui:

"Mickey, seduzido pelos perfumes de um bolo cor-de-rosa de morango, bate à janela de Minnie. Tira da cabeça um ridículo chapéu palheta, imagem da frágil galanteria masculina. Oferece-se para limpar o jardim de sua amada, sem saber que logo perto se armava um terrível furacão, um tornado, melhor dizendo, que não deixará pedra sobre pedra no cuidado jardim da caprichosa rata. Eis a masculinidade que se aliena em pura força da natureza. Extinta a tempestade, Mickey tira o chapeuzinho em pedido de desculpas pelo estrago de que não foi responsável. Minnie não tem a generosidade da desculpa. Atira-lhe na cara o bolo que acabara de fazer. A cobertura rosa escorre pelo focinho do camundongo, que a lambe, e retira disso o prazer adocicado da derrota.

Vire-se esta página sentimental. E o que encontramos em seguida? O encarte, sim, o triunfal encarte do Instituto Universal Brasileiro.

Um homem pobre de bigode atesta, num retrato 3x 4, o quanto sua vida melhorou. Fez o curso de perfumista por correspondência. Outros cursos se oferecem: desenho industrial, corte e costura, contabilidade básica. Quantas carreiras não se abrem ao herdeiro masculino do clã Bonelli, atribulado na busca de um futuro digno na vida?

Entretanto, essa palavra –futuro—inexiste nas histórias em quadrinhos. Patinhas não morrerá. Donald está condenado à mesma roupa de marinheiro. Mickey será de Minnie o eterno noivo. A infância, bem ou mal, é eterna."