sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Perguntas de quinta


A atriz Jennifer Aniston recusou proposta de US$ 4 milhões para posar nua para a Playboy.

Fez certo? Fez errado?
Quanto vale a nudez da mocinha do ‘Friends’, onde ganhava (na última temporada) cerca de 500 mil dólares por episódio?
Será que ela ainda recebe pensão do Brad Pitt, com quem foi casada de ‘papel passado’?
E nos tempos atuais, paraíso dos voyeurs, como ainda sobrevive esse mercado impresso da masturbação masculina?


São essas perguntas tolas, tristemente conectadas com a onda avassaladora e emburrecedora da vulgar e descerebrada mídia de 'celebridades'?

Não sei, pode ser. Ou não.

Só pergunto; não respondo nada.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Equívoco


Sexta-feira, noite chuvosa, ingressos grátis pro Cinemark. Cinema de shopping, só mesmo na faixa. Assim, lá fui eu, decidido a ver 'O Curioso Caso de Benjamin Button’, aquele do Brad Pitt como bebêvéio. Não deu: apesar de chegarmos com meia-hora de antecedência, a sessão já estava lotada. Mas já que estávamos ali, decidimos ver outro filme. Entre as pobres opções disponíveis, a melhorzinha nos pareceu ‘Australia’, com Nicole Kidman e Hugh ‘Wolverine’ Jackman nos papéis principais e direção de Baz Luhrmann, o mesmo de ‘Moulin Rouge’ (filme interessante e original, além de visualmente deslumbrante).

Mas ‘Australia’ é péssimo... um 'pastel de vento', bonito por fora e vazio por dentro. Além do mais, interminável, com suas quase três horas de projeção. Aparentemente, o tal do Luhrmann resolveu colocar tudo na produção: ‘Australia’ é um romance, mas é também um drama, um faroeste, um filme de aventura e um épico de guerra. Quer ser tudo, acaba não sendo nada. Salvam-se algumas cenas de paisagens australianas, belamente fotografadas, uma rápida porém linda imagem da manada de cangurus pulando em velocidade, a cena do estouro do gado correndo em direção ao precipício (meio copiada aliás, do último King Kong), e a participação de um velho ator aborígene como King George.

É muito pouco. Pra completar, não há ‘química’ entre o casal Kidman/Jackman (ou nenhum dos dois sabe beijar, sei lá...), os personagens são inverossímeis, a história não se sustenta, há erros ridículos de continuidade e a parte final (pra quem aguentar chegar até lá), com as cenas de guerra, usa efeitos toscos. Dá a impressão que os produtores perderam a paciência com o diretor e cortaram a grana no final da produção, vai saber...

Resumindo: fuja desse filme. Melhor ficar em casa, caminhar pelo bairro, dormir, jogar conversa fora no boteco, qualquer coisa.

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Lindinhos!


Serra e Alckmin, depois de tudo, estão juntos no governo de São Paulo. Só pra lembrar alguns fatos do passado recente:

- O obscuro Geraldinho virou governador de SP depois da morte de Mário Covas;

- Serra foi eleito prefeito de São Paulo; em seguida, assinou e registrou em cartório um termo de compromisso de que não deixaria a prefeitura para concorrer à presidência;

- Serra deixou a prefeitura; assumiu seu posto, o também obscuro Kassab;

- Na eleição presidencial seguinte, Alckmin passou a perna em Serra e foi o candidato escolhido pelo partido;

- Na última eleição para prefeito, Kassab foi eleito com o apoio mal disfarçado de Serra; Alckmin não chegou nem ao segundo turno.


Política é mesmo um troço difícil de engulir.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Luzes, câmera... ação!


Não pude acompanhar ao vivo, mas tive paciência pra ler, na íntegra, o discurso de posse de Barack Obama. Sem dúvida, um belo discurso – inspirador, realista.
E o redator do novo presidente é Jon Favreau, também negro, 27 anos de idade; é mais um ponto a favor de Obama, ter conferido tarefa tão importante a um jovem.

Há muita coisa sendo dita e escrita sobre Barack Obama. De minha parte, recomendo o texto postado pelo Gabriel no blog ‘Afroências’, linkado aí ao lado. E também, pra quem não leu, que procure ler o emocionante artigo de Quincy Jones publicado anteontem pela Folha de São Paulo, em que evoca a sua própria experiência de músico negro excursionando pelo sul dos EUA na década de 50, para realçar a importância do primeiro de sua raça a ocupar a presidência daquele país.

Agora, depois das palavras, a expectativa é pela ação. Crise econômica, Israel x palestinos, Iraque, Afeganistão, Guantánamo, África, China, Rússia... coitado do Obama. É um peso enorme, são expectativas impressionantes e irreais sobre um homem só. A respeito disso, corre solta a piada de que “o pior emprego do mundo, deram pro negão...”
E tem ainda a questão do bloqueio de Cuba, que todos (menos os cubanos de Miami) querem ver terminado: a Europa, a América Latina e principalmente, as equipes de vôlei do Brasil.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

"PQP, Errei!"


Fontes seguras confirmam ter sido essas, aí de cima, as palavras do Todo Poderoso na noite de ontem, logo após o desabamento do teto da Igreja(?) Renascer, aqui em São Paulo. O alvo Dele era uma certa mansão em Miami, que abriga, alternadamente, o apóstolo(??) Estevam e a bispa(??) Sônia.


Mas, uma vez mais, os que se deram mal foram os ingênuos explorados pelo casal e por seus asseclas. Lamentável também foi o cordão de isolamento formado pelos 'fiéis' em torno do local, para impedir o registro da tragédia pela imprensa. Agressões e xingamentos foram registrados também nos hospitais que receberam as vítimas. Mas tudo bem... agora, com o novo contrato milionário que o 'fiel' mais famoso da tal igreja está prestes a assinar, o casal deve estar muito feliz. Ontem, no jogo que deve ter sido a despedida de Kaká do Milan, uma faixa na arquibancada revelava a triste verdade sobre o craque: "I belong to money".

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

A perversidade, sem máscara


Embora não seja novidade nenhuma, fico sempre estarrecido com a falta de sensibilidade, com o espírito predador e ganancioso do 'andar de cima' - a elite empresarial desse Brasil. Ontem, o desprezível pavão que ocupa a presidência da FIESP declarou que o empresariado paulista aceita reduzir salários e jornada de trabalho, mas não oferece garantia de emprego. É a prática recorrente dos endinheirados: forrar os próprios bolsos nos tempos de alta e passar a conta pra patuléia em tempos de perdas. Não cedem um milímetro, não abrem mão de uma mísera latinha de caviar Beluga, pra colaborar com o que quer que seja. O editorialista Ricardo Mello, na Folha de S.Paulo de hoje, coloca o dedo na ferida:

"As montadoras bem que podiam dar o exemplo. Uma olhada nos dados da Anfavea indica que, excluída a rubrica de máquinas agrícolas e automotrizes, o setor, em 1991, empregava cerca de 110 mil pessoas para produzir 960 mil veículos. Já no ano passado, com praticamente o mesmo número de funcionários, as empresas fabricaram nada mais, nada menos que 3,2 milhões de unidades. O ganho espantoso de produtividade, tenha certeza, não foi parar no bolso dos trabalhadores."

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Figuraça da Semana



O veterano Elton John faz shows em São Paulo, neste final de semana. Exageros visuais (hoje praticamente abandonados) e frescuras à la Liberace à parte, trata-se de um verdadeiro craque, genuíno expoente da melhor pop music produzida na explosão do show business das últimas décadas do século passado.

Os óculos espalhafatosos e as roupas ridículas de Elton já foram pra lata de lixo da história, assim como também o próprio show business e o mercado de música no formato que o consagrou, mas sucessos como ‘Skyline Pigeon’, ‘Don’t Let the Sun Go down on Me’, ‘Sorry Seems to Be the Hardest Word’ e tantos outros ficarão para sempre. Eles são exemplos bem sucedidos da tal ‘canção pop perfeita’ – algo que muitos buscam e poucos alcançam; ou ao menos, poucos conseguem enfileirar uma sequência de músicas que aliam melodias e letras com capacidade de atingir um grande número de pessoas, sem perder qualidade musical, seja na composição ou na interpretação. Não é fácil: os Beatles e Stevie Wonder conseguiram; Elton John, também.

Reginald Kenneth Dwight nasceu em 25 de março de 1947 em um subúrbio de Londres. A pobreza da família e o cinza do céu e do próprio ambiente ao redor não eram nada animadores para o garoto gordinho, tímido e extremamente míope. Refugiou-se na música, alternando o estudo do piano clássico com o gosto pelos discos de Elvis e de Bill Haley. Com apenas 11 anos, ganhou uma bolsa na Royal Academy of Music; com 15, passou a tocar piano nos finais de semana em pubs de Londres; e aos 17, formou a banda ‘Bluesology’, que começou a acompanhar artistas americanos em turnê pela Inglaterra. Mas não foi fácil... Elton fez teste para ser vocalista do King Crimson e não passou. Virou músico de estúdio em uma época que não havia crédito para os acompanhantes nos discos – é dele, por exemplo, o piano em ‘He ain’t Heavy, He’s my Brother’, delicioso sucesso dos Hollies. Em 1969, conseguiu gravar seu primeiro LP, ‘Empty Sky’ - fracasso quase absoluto.



Mas tudo mudou na década de 70. Seu segundo disco vendeu pouco mais que o anterior, mas já trazia a excelente ‘Your Song’ e serviu para Elton acertar uma mini-turnê pelos EUA; na platéia de seu show em Los Angeles, a presença de gente como Quincy Jones e Bob Dylan atraiu a atenção da imprensa. Em seguida viriam três excelentes LPs, talvez os melhores de toda a carreira de Elton John: “Tumbleweed Connection”, “Madman Across the Water” e “Honky Chateau”, que trouxe o estouro mundial “Rocket Man”. Estava estabelecido o ‘estilo Elton John’: ênfase no piano, bom gosto melódico, voz característica e original. E o nível continuou alto no album seguinte, “Don't Shoot Me I'm Only the Piano Player”, que incluía "Crocodile Rock" e "Daniel".

Consagrado, Elton John começou a viajar na maionese... ‘Goodbye Yellow BrickRoad’, o disco seguinte, foi um retumbante sucesso, mas já fez surgir aquele personagem que deu origem ao chamado glam rock, um dos ‘movimentos’ mais ridículos e esquecíveis do gênero... O disco trazia, entretanto, uma de suas melhores composições, ‘Bennie and the Jets’, em empolgante gravação ao vivo. Em 74, ficou amigo de John Lennon e gravou excelente versão para ‘Lucy in the Sky with Diamonds’, além de participar do antológico ‘Walls and Bridges’, um dos melhores discos da carreira-solo do ex-beatle. No ano seguinte, mais uma bola dentro, com a participação no filme ‘Tommy’ e o cover para ‘Pinball Wizard’. Mas o exagero assumiu proporções inimagináveis: no final da década de 70, Elton John fez shows vestido de Estátua da Liberdade (?), de Mozart (??) e até de Pato Donald (??!!). Começava a decadência, temperada a heavy drugs, bebida e bulimia.



Sucessos esporádicos se seguiram, mas o clima era evidentemente sombrio. No final da década de 80, Elton John leiloou todos os seus óculos e roupas na Sotheby’s, com renda revertida para a pesquisa da cura da AIDS, causa que ele abraçou com fervor. Em 91, foi um dos poucos convidados para o funeral de Freddie Mercury. No mesmo ano, um documentário e um CD-duplo (ambos muito bons), comemoraram os 20 anos da parceria de Elton com o letrista Bernie Taupin. Um tanto esquecido, ressurgiu para o mundo em 97, cantando 'Candle in the Wind' no funeral da Princesa Diana. Hoje, Elton John virou ‘artista de Las Vegas’, alternando o palco do Caesar’s Palace daquela inverossímel cidade, com ninguém menos do que Celine Dion (argh!!). Mesmo assim, não vou perder o show dele nesse final de semana; mas verei pela TV...

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

A Year to Remember



Muito legal essa foto! Ela flagra o embarque de jornalistas brasileiros, no começo de julho de 1957, para cobrir o concurso de Miss Universo em Long Beach, na Califórnia. No centro da escada, a Miss Brasil Terezinha Morango, que seria a segunda colocada no concurso daquele ano; e no começo da escada, com aquele chapeuzinho ‘ixperto’, o meu pai – na época, repórter da célebre revista ‘O Cruzeiro’.

Emblemático aquele ano... foi em 57 que a União Soviética deu início à Era Especial, com o lançamento do Sputnik, primeiro satélite a orbitar o planeta Terra; no mesmo ano, estreava na Broadway a revolucionária ‘West Side Story’, de Leonard Bernstein, que pela primeira vez fugia da costumeira água-com-açúcar para levar aos palcos americanos, os conflitos e a violência entre etnias diversas. O livro-símbolo do movimento beatnik, ‘On the Road’, de Jack Kerouac, também foi lançado em 1957, ano em que Albert Camus recebeu o Prêmio Nobel de Literatura e que ficou marcado ainda pela condenação por parte da Legião da Decência (??), nos EUA, do filme ‘E Deus Criou a Mulher’, de Roger Vadim, com uma estonteante jovem atriz francesa - Brigitte Bardot. Na área do cinema ‘cabeça’, Ingmar Bergman lançou o genial ‘Morangos Silvestres’.

O Oscar de melhor filme, em 1957, foi no entanto concedido ao delicioso ‘A Volta ao Mundo em 80 Dias’, de Michael Anderson, Kevin McClory e Sidney Smith, e com David Niven, Shirley MacLaine, Cantinflas e ‘pontas’ maravilhosas de Marlene Dietrich, Buster Keaton e Frank Sinatra. Na música popular internacional, os grandes sucessos daquele ano foram ‘Jailhouse Rock’, com Elvis Presley, ‘Wake Up Little Susie’, com os Everly Brothers, ‘The Banana Boat Song’, com Harry Belafonte, ‘You Send Me’, com Sam Cooke e ‘That’ll Be the Day’, com Buddy Holly. E foi também em 57 que Paul McCartney conheceu John Lennon; na área do jazz, foi lançado ‘Birth of the Cool’, uma das obras-primas de Miles Davis.

E foi em 1957 que nasceram a Princesa Caroline de Mônaco, o cineasta Spike Lee, Sid Vicious e... este que vos escreve!

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Avante!


Uma carta de um leitor da Folha resumiu, esses dias, o meu sentimento em relação ao complexo e histórico problema entre Israel e os palestinos: qualquer argumento a favor de qualquer dos lados e da suposta 'tática de defesa' de Israel perde todo o sentido quando crianças são bombardeadas; os 'líderes', políticos dos dois lados - e aqueles que os apoiam - tornam-se imediatamente, assassinos hipócritas da pior espécie. Outra coisa: quando caiu o Muro de Berlim - levando com ele uma 'esquerda' que, independentemente de qualquer possível boa intenção, escreveu na história, algumas de suas páginas mais sanguinárias -, os arautos da direita se refestelaram. Agora, com o esboroamento do sistema financeiro neoliberal, esses mesmos defensores do 'livre mercado' mendigam o apoio do Estado, por meio de bilionárias e escandalosas 'ajudas'. Diminuição de lucros? Distribuição de renda? Altruísmo? Nem pensar...

Mesmo assim, tenho confiança em um bom 2009. Que naveguemos todos em águas cristalinas, como essas que vi e senti 'na pele', nestes últimos dias. Vamos em frente!!