quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Que coisa...




Tá na coluna do Clovis Rossi, na Folha de hoje:

"... o Brasil, no IDH da ONU, ficou em 70o. lugar entre os 70 países da elite e, mesmo assim, o presidente Lula se acha abençoado por Deus. Nunca antes neste país se fez tamanha exaltação da mediocridade".

Chega a ser comovente o esforço dessas aves de mau agouro, para desqualificar, para 'negativizar' qualquer notícia boa que tenha relação com o atual governo. E isso, apesar da própria Folha, em sua edição de ontem ter caracterizado como 'bastante discreta' a reação do governo (e do Lula) ao fato.

Impressionante...

terça-feira, 27 de novembro de 2007

O Pai, o Peixe Vivo e o Peixe Grande



Na foto, entrevistando JK, quando este tomava posse na Presidência, o meu pai, Carlos Gaspar. Ele era jornalista. Dos bons. Dos melhores.

Foi locutor de rádio, repórter da Revista O Cruzeiro em sua fase áurea, trabalhou nos Diários Associados com o Assis Chateaubriand, lançou em Belo Horizonte (TV Itacolomi) o programa ‘Esta É a Sua Vida’, produziu, dirigiu e apresentou a primeira série filmada da TV brasileira (‘A Grande Jornada’), fez parte da primeira equipe da TV Cultura de São Paulo, e muito muito mais...

Mas acima de tudo, ele era um excelente contador de histórias, de ‘causos’ e de piadas, verídicas ou não - até hoje não sei ao certo.

Não por acaso, já assisti cinco vezes ao filme ‘Peixe Grande e Suas Histórias Maravilhosas’, dirigido por Tim Burton e com o excelente trio formado por Albert Finney, Jessica Lange e Ewan McGregor encabeçando o elenco. É um dos melhores filmes já feitos por Burton – sem dúvida alguma, um cineasta original, muito especial.

sexta-feira, 23 de novembro de 2007

Musas de Qualquer Estação


Ela nasceu na Suécia, em 10 de março de 1964. Seu padrasto, desde a mais tenra idade, foi o espetacular trumpetista Don Cherry, que a levava, desde bebê, em turnês pelo mundo ao lado de gente como Miles Davis, Herbie Hancock e Art Blakey. Adolescente ,viveu entre Estocolmo e Nova York, mas começou cantando profissionalmente em uma banda de ska, em Londres. Depois de ter sido estuprada na saída de um jazz club londrino, com apenas 16 anos, a moça entrou em parafuso e tentou se matar, mas se recuperou e montou uma banda chamada Rip Rig + Panic, que misturava punk, funk, jazz e soul. Depois, gravou um monte de singles, virou rapper, teve dois filhos e tornou-se 'cult' ao gravar uma ousada e impensável versão rap para o clássico “I’ve Got You Under My Skin”, de Cole Porter, para o álbum 'Red Hot + Blue'. Logo depois viria 'Homebrew' (capa ao lado), aquele que permanece até hoje, na minha opinião, como o seu melhor trabalho, mas o sucesso mundial viria mesmo na sequência, com a linda '7 Seconds', onde Neneh divide os vocais com o senegalês Youssou N'Dour. O que mais? Bom, ela é meio-irmã do cantor e compositor Eagle-Eyed Cherry e já esteve três vezes no Brasil, a mais recente delas há apenas um mês, como bandleader do CirKus. Quem viu, pôde comprovar que, além do talento musical, Neneh continua linda, maravilhosa...

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

This one's from the heart...


Em seu lançamento nos EUA, em 1982, o filme ‘One From the Heart’ (no Brasil, ‘Do Fundo do Coração’), de Francis Ford Coppola, ficou em cartaz por apenas uma semana e em poucas salas de cinema. Foi massacrado pela crítica e o diretor ficou puto com tudo e com todos – mídia, distribuidores, produtores etc. - e ao que parece, com raiva do próprio filme, que lhe valeu uma dívida superior a 30 milhões de dólares. Coppola perdeu as espetaculares instalações do seu Zoetrope Studios, inaugurado alguns anos antes com a promessa de revolucionar a indústria do cinema de Hollywood. Para ‘One from the Heart’, ele havia cometido a ousadia de recriar, no estúdio, boa parte do conhecido espalhafato cafona de Las Vegas. Isso, sem contar a incrível iluminação (como se vê parcialmente na foto acima) que conseguia até mesmo melhorar um dos melhores shows naturais do universo: o crepúsculo no deserto.

Bem, o filme entra fácil na lista dos meus favoritos de todos os tempos. No elenco, Frederic Forrest, Teri Garr, Raul Julia, Nastassja Kinski e Harry Dean Stanton, todos no auge. E a trilha sonora, de Tom Waits, está certamente entre as melhores coisas já feitas pelo loucaço da voz roufenha . O roteiro é simples e sensível, unindo amor e fantasia, emoldurados pela deslumbrante fotografia assinada por Vittorio Storaro, o mesmo de ‘Apocalypse Now’ (também de Coppola) e de ‘O Último Imperador’ (de Bernardo Bertolucci).

Em ‘One from the Heart’, o diretor, literal e deliciosamente, ‘viaja na maionese’, abusando de planos inusitados e telas simultâneas, e fazendo ao mesmo tempo uma apologia bem humorada do fake e do kitsch. E apesar de ter levado Coppola à falência – da qual, parece, nunca se recuperou -, o filme ciou uma pequena legião de fãs e, com o tempo, foi alçado à categoria de ‘cult’.

Em 2004, saiu na Gringolândia um DVD duplo de ‘One from the Heart’, digitalizado, remasterizado e com um ‘making of’ da gravação da trilha com Tom Waits. Está à venda na Amazon por 27 doletas. Quem puder, não perca por nada. Taí a dica.

terça-feira, 20 de novembro de 2007

Negro é Lindo!


Dos 5.561 municípios brasileiros, 225 incluíram em seu calendário de feriados o dia 20 de novembro, em comemoração ao Dia Nacional da Consciência Negra. A data lembra o assassinato do líder negro Zumbi dos Palmares, símbolo da resistência à escravidão, preso e degolado em 1695 pelo bandeirante Domingos Jorge Velho. O feriado é uma reivindicação antiga do movimento negro, que vê maior importância na data em comparação ao dia 13 de maio, quando é comemorada a abolição da escravatura pela princesa Isabel, em 1888. A data encontra resistência em diversos setores do movimento, por ser lembrada pelo ato de generosidade de um branco.

Declarações de Joel Rufino, professor, historiador e professor de Letras da UFRJ, no Estadão de hoje:

"A questão racial está na pauta e não vai sair tão cedo. É positivo. O outro lado da questão é o que não mudou, como a discriminação no mercado de trabalho. Os salários, em média, baixam 50% quando um negro vende a mão-de-obra. E o que piorou, a meu ver, é a incompreensão dos intelectuais. Como o assunto é um divisor de águas, vejo um recuo. Hoje, há quem negue a questão racial no Brasil".

Na prática, o dia 20 de novembro é palco de comemorações do movimento negro desde o início dos anos 70, quando foi revelada a data do assassinato de Zumbi. Em 1978, a data foi escolhida pelo Congresso do Movimento Negro Unificado como o Dia da Consciência Negra. Mas só foi incluída no calendário escolar brasileiro em 2003, por meio de uma lei sancionada pelo presidente Lula.

Calcula-se que 4,5 milhões de negros africanos foram trazidos ao Brasil no período da escravatura; muitos mais, entretanto, saíram de seus locais de origem, atravessando o Atlântico nos pavorosos navios negreiros. Estima-se que 40% morreram no caminho!! E o Brasil foi o último país do mundo a abolir o sistema escravagista... até que ponto será que aboliu mesmo? Eu, por exemplo aprendi na escola que os bandeirantes - esse tal de Domingos Velho, entre eles - eram heróis nacionais...

sábado, 17 de novembro de 2007

Eu amo o Rio...



Rio de Janeiro, ontem 2 da tarde - com garoa, céu cinzento, praias vazias... e ainda assim, LINDO!

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

Achados de quinta... (feira)







Por certo tempo, escrevi sobre música em alguns jornais e revistas. Fiz críticas, reportagens, entrevistas, etc. E resolvi que colocarei aqui, periodicamente, trechos de algumas dessas matérias, que guardei há tempos e não sabia exatamente onde, mas que acabei de achar por acaso, nessa tarde de feriado chuvoso.

Começo então com um pedaço da entrevista com o excepcional guitarrista britânico John McLaughlin, criador da Mahavishnu Orchestra, entre outras coisas. Aqui, ele fala sobre a morte de Miles Davis (ocorrida dois dias antes da conversa), religião e rap. A matéria foi originalmente publicada pelo Jornal da Tarde em 02/10/91.



Como você recebeu a notícia da morte de Miles Davis?
- É difícil pra mim falar sobre isso... Toquei com ele e outros grandes amigos (Joe Zawinul, Wayne Shorter, Tony Wiliiams) há pouco mais de um mês em Paris, num show inesquecível que, graças a Deus, foi gravado em vídeo. Eu sabia que ele estava mal e liguei de Buenos Aires para o hospital, mas só consegui falar com o agente dele. Miles foi a grande força musical do século XX e me considero um privilegiado por ter sido seu amigo e compartilhado sua incrível energia criativa. Perdi alguém que amava muito, perdi meu pai.

Sua ligação com o plano espiritual sempre foi muito forte. Como você encara a morte e qual é a sua religião hoje?
- Não tenho mais nenhuma religião; apenas busco o meu aprimoramento como ser humano, tentando juntar humildade e orgulho. Humildade para me enxergar como apenas mais um entre bilhões e orgulho por minha condição de músico interessado em fazer o melhor possível. Quanto à morte, só posso dizer que acredito na perpetuação dos espíritos. De que forma, ninguém pode saber.

Na sua primeira visita ao Brasil, você disse que odiava rock e toda a música pop que tocava no rádio. Como você vê hoje o rap e a música feita por samplers?
- Acho que o rap e todo esse movimento negro das ruas é um fenômeno muito mais sociológico do que musical. Os rappers representam hoje o que Malcolm X ou os Black Panthers representavam para a juventude dos anos 60. Mas não creio que eles façam música.

terça-feira, 13 de novembro de 2007

Óxente!


Dizem que o Nordeste brasileiro, caso fosse um país independente, há muito tempo já seria membro da OPEP.

Agora, com o gigantesco campo recém-descoberto pela Petrobrás, a perspectiva se abre também para o Brasil – já se fala até em exportarmos petróleo.

Ou seja: foi necessário que tivéssemos um presidente nordestino para que o Brasil se transformasse em um grande Nordeste.

Com tudo o que essa frase pode ter de implicações, positivas e negativas...

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Palavras, Frases, Declarações...

Na Folha de ontem:


“Se um dia eu abrir a janela e tiver um paparazzo me esperando, eu deixo a televisão. Vou fazer só teatro. Eu não sou o personagem. Meu trabalho é interpretar um personagem. Só isso”. – Débora Falabella, estrela da novela ‘Duas Caras’, da TV Globo.


“Acho que estou num ponto de minha vida em que preciso de mais intensidade. Sei que meu tempo está se esgotando. Procuro continuar avançando em minhas convicções políticas e minha vida artística. Os atores, e com mais freqüência os diretores, vão se desgastando com o tempo. Eles perdem a ousadia, eles têm famílias pra sustentar. Mas eu sou solteiro, não tenho filhos. Sou inspirado pela urgência e importância e não quero me proteger – isso seria o pior de tudo”. – George Clooney, ator e diretor americano.

“Nos ferramos por pensar demais. As pessoas me perguntam ‘por que você aceitou esse papel?’ e eu não sei explicar. Aí eu digo ‘por causa do dinheiro’, e elas ficam chocadas. Mas por que me perguntam isso? Sou um ator, me oferecem um trabalho e, se eu quiser fazer, aceito. É simples assim, não há grandes razões misteriosas”. – Anthony Hopkins, ator britânico.


“Quando eu era criança, produções desse tipo eram classificadas como filmes B (falando de ‘A Lenda de Beowulf’, ficção científica repleta de efeitos especiais); hoje são tipo A. Mas não tenho preconceito contra nenhum gênero, já fiz todos, inclusive no teatro. Esse tipo de coisa é uma decisão comercial e lido bem com isso. Quando escolho fazer um filme de Manoel de Oliveira (fez ‘Um Filme Falado’), não é uma decisão comercial, mas não tenho como objetivo fazer filmes de arte que colocam as pessoas num estado vegetativo”. – John Malkovich, ator americano.

E pra dar uma aliviada, duas do Tim Maia, extraídas do livro “Vale Tudo – O Som e a Fúria de Tim Maia”, de Nelson Motta:

“Dos artistas do Rio, metade é preto que acha que é intelectual e metade é intelectual que acha que é preto”.

E a campeã: “Fiz uma dieta rigorosa, cortei álcool, gorduras e açúcar. Em duas semanas, perdi 14 dias”.

sexta-feira, 9 de novembro de 2007

Musas de Qualquer Estação




Uma das musas do Cinema Novo, Ana Maria Magalhães enlouqueceu adolescentes e marmanjos como a índia de ‘Como era gostoso o meu francês’, de Nelson Pereira dos Santos. Com o mesmo diretor - com quem foi casada – Ana Maria já havia feito ‘Azyllo muito louco’. Antes disso, filmara com nomes fundamentais do cinema brasileiro como Domingos de Oliveira (‘Todas as mulheres do mundo’) e Leon Hirszman (‘Garota de Ipanema’. E depois, ainda teve papéis destacados em ‘Quando o carnaval chegar’ (de Cacá Diegues), ‘A casa assassinada’ (de Paulo Cesar Saraceni), ‘Joana Francesa’ (de novo, C.Diegues), ‘Lúcio Flávio, o passageiro da agonia’ (de Hector Babenco), ‘Se segura, malandro’ (de Hugo Carvana), ‘Os sete gatinhos’ (de Neville D’Almeida) e ‘A idade da Terra’ (de Glauber Rocha).

No meio da década de 80, Ana Maria passou para o ‘lado de cá’ das câmeras e virou diretora. Dos vários curtas e longas por ela dirigidos, o que teve maior exposição foi ‘Lara’ (de 2002), cine-biografia da atriz Odete Lara, mas não tenho qualquer referência sobre seu filme mais recente, ‘Afonso Eduardo Reidy, saudades do futuro’, de 2004. Aparentemente, ninguém sabe, ninguém viu...
Mas a imagem da espetacular morena em ‘Como era gostoso o meu francês’, maravilhosamente nua em plena ‘década de chumbo’ (anos 70)... quem viu, jamais esquecerá.

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Mito urbano



Uma coisa que me irrita são essas... sei lá... 'crendices populares' que se espalham feito fogo no mato seco e de repente, viram verdades incontestáveis para a maioria das pessoas. Em alguns casos, ainda pior: viram lei!!

Por exemplo: o uso de telefones celulares em postos de gasolina. Em algumas cidades, como São Paulo e Rio, existem portarias municipais proibindo o uso do celular nestes locais, obrigando a colocação de cartazes de alerta e prevendo a aplicação de multas para os 'infratores'. E sabem por que? Porque ao se atender ou fazer uma ligação, uma faísca poderia ser liberada pelo aparelho e, em contato com os vapores de combustível presentes naquele ambiente, provocar uma explosão e levar tudo pelos ares. HAHAHAHAHAHA!!!!

Em primeiro lugar, os celulares operam através de radiações eletromagnéticas (ondas de rádio) e não 'soltam faíscas', a não ser que você atire com muita força o coitado no chão. Mas daí a provocar uma explosão, vai uma distância enorme. Não fosse assim, por que, em cerca de 10 anos de uso, e com aproximadamente 3 bilhões de celulares ativos, hoje no planeta, JAMAIS foi relatado qualquer acidente desse tipo em lugar algum do mundo??

Sei, sei, existe um spam recorrente que já chegou em vários endereços de email dando conta de explosões em postos de gasolina provocadas por celulares, na Indonesia, na Nova Zelândia, sei lá onde mais. Eu mesmo já recebi (3 vezes em 3 anos diferentes) até uma apresentação em powerpoint com logo da BR-Petrobrás, relatando esses supostos acidentes e alertando para o perigo. TUDO MENTIRA! A própria Petrobrás afirmou não ser a 'dona' dessa apresentação; não se sabe de onde saiu isso.

O fato é: existe, sim, uma possibilidade de 0,0001% de algum acidente acontecer, a partir do contato dos campos eletromagnéticos gerados por celulares com os vapores de combustíveis. Mas se por isso, fosse necessário proibir o uso de celular em posto de gasolina, antes teríamos que proibir o uso dos próprios veículos automotores nestes locais, já que a possibilidade da ocorrência de explosões é muito maior, levando-se em conta toda a parafernália elétrica de um carro, seu motor de ignição, etc. Teríamos, então, que desligar o carro a um quarteirão de distância do posto, empurra-lo até lá, abastece-lo e empurra-lo novamente até uma distância segura para só então, dar a partida. E isso sem falar dos idiotas de final de semana que se reúnem em lojas de conveniências dos postos, pra beber cerveja e fumar, sem que ninguém fale nada...

Por aí dá pra se ter uma idéia do ridículo, do absurdo que é essa proibição de celular em posto de gasolina, não é mesmo?

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

A Via Láctea (e sua estrela)


Nesse final de semana, assisti ‘Via Láctea’, longa de estréia da paulistana Lina Chamie, com Alice Braga e Marco Ricca nos papéis principais. Uma agradável e poética surpresa – bom roteiro, câmera criativa, atores bem dirigidos e um bom retrato da São Paulo que oprime, do trânsito caótico e das ruas escuras/ameaçadoras; mas também a São Paulo dos encontros, dos amores loucos, e das Bacantes do Zé Celso, que pontuam a história.

Na cena retratada acima, Alice Braga em primeiro plano.

Filha dos queridos Ninho Moares e Aninha Braga, Alice (Lili) é amiga do Gabriel, meu filho, desde a primeira infância. Sempre juntos na escola, na casa de um ou de outro, no sítio perto de Itu. Me lembro de uma vez que me chamaram na escola: Gabriel havia feito um corte feio na mão, precisava ser levado ao hospital. Cheguei lá, Lili estava ao seu lado, dando uma força. E me disse: ‘quero ir junto com ele no hospital! Me leva! Me leva!’ E lá fomos nós. Eu nem queria olhar enquanto o enfermeiro limpava o ferimento e começava o procedimento de costurar a mão do Gabriel; e a Lili, com 7 ou 8 anos, entre preocupada e excitada com a situação, me puxando o braço: ‘Eu quero ver, eu quero ver!’. Por toda a infância e adolescência, continuaram amigos; e são até hoje. Na foto abaixo, Lu, Gabs e Lili...


Lili fez alguns comerciais na adolescência; mas parece que foram as férias na casa da tia Sônia, em Nova York, que fizeram com que a menina se encantasse seriamente com a possibilidade de ser atriz. Meio que de repente, surge Alice Braga em participação curta, porém luminosa, como a namorada do Zé Pequeno de ‘Cidade de Deus’.
Hoje morando em Los Angeles, Lili, aos 24 anos, já tem bastante história pra contar: fez o difícil papel da protagonista do elogiado ‘Cidade Baixa’ e concluiu agora uma super-produção do ‘cinemão roliudiano’ (onde é atriz principal, ao lado de Will Smith). Além disso, está no elenco do aguardado ‘Blindness’, de Fernando Meirelles, e se prepara para filmar com Sean Penn e Robert de Niro. Pra completar, soube ontem que a Lili está na lista da revista americana Esquire, como uma das 100 mulheres mais sexy do mundo. Incrível, né?

Ainda pouco conhecida no Brasil, a melhor coisa que li por aqui sobre Alice Braga foi a matéria de capa da edição passada da revista Vogue RG. O autor da matéria? Gabriel, aquele lá do começo do post...

UPDATE: Nossa! Um monte de erros nos post, identificados e corrigidos pelo Gabriel, me obrigam a atualizar o texto. Aí vai:

- Eu cortei a mão fazendo o trabalho final de artes (uma escultura de pensador que nunca ficou pronta), na oitava série. A gente tinha nossos 14/15...

- A Lili passou férias na Sônia uma vez só. Ela mesma sempre diz que a referência familiar que tem como atriz vem da Aninha, não da Sônia, que ela mal conhece.

- No Cidade de Deus, ela faz a namorada do Buscapé e depois do Bené. O Zé Pequeno é tão puto da vida justamente porque não consegue arrumar namorada. É muito feio...

- A Lili não tá morando em Los Angeles. Ela tá filmando lá, só de passagem. Na verdade, o lugar onde ela tem casa mesmo é aqui em Sumpaulo e em Nova York.

- Ela tá filmando com Sean Penn e Harrison Ford; não tem filme com o de Niro, não...

- E a edição da Vogue RG em que saiu minha matéria não foi a passada, mas a de agosto.

Pronto! Taí o 'âpideite'!!