sexta-feira, 30 de maio de 2008

Musas de Qualquer Estação


Esses olhos maravilhosos revelam talvez, sua ascendência irlandesa, polonesa, norueguesa e russa. Mas a atriz Jennifer Connelly é americana, nascida em Nova York em 12 de dezembro de 1970. Começou fazendo comerciais de TV com dez anos de idade e logo sua beleza chamou a atenção do diretor Sergio Leone, que buscava uma garota dançarina para compor o elenco do histórico ‘Era Uma Vez na América’. O filme marcou a estréia de Jennifer na tela grande, com apenas 14 anos. No ano seguinte, 1985, ela já ganhou o papel principal em ‘Phenomena’, terror meio trash que virou cult, dirigido pelo italiano Dario Argento. Na sequência, a menina fez ‘Labirinto’, ficção científica esquisitona e também cult, estrelada por David Bowie e dirigida por Jim Henson, o ‘pai’ dos Muppets.

Depois, Jennifer foi estudar Artes Dramáticas na Universidade de Stanford. Não chegou a concluir, já que aceitou o convite para filmar ‘Some Girls’, comédia iconoclasta dirigida por Michael Hoffman. Quem viu e adorou Jennifer, foi Dennis Hopper, que imediatamente a convidou para um papel em ‘Hot Spot’, um dos poucos filmes dirigidos pelo grande ator e que, dizem, é ótimo. Não sei, porque nunca vi; mas a trilha, toda improvisada numa jam session sensacional entre Miles Davis e John Lee Hooker, está entre as minhas favoritas de todos os tempos.
Bem, voltando à Jennifer... Em 1991, ela foi a heroína de ‘Rocketeer’; enfileirou vários filmes naquela década, mas pra mim o melhor – já no final desse período - é ‘Pollock’, de Ed Harris (que além de dirigir, tem grande atuação na pele do genial artista). Logo depois, veio ‘A Beautiful Mind’, tour de force do gladiador Russel Crowe com direção do talentoso Ron Howard e onde Jennifer faz a sofrida e estóica mulher do brilhante ‘malucones’. Outro destaque na folha corrida de Jennifer é o papel principal no sombrio (e injustamente esquecido) ‘Água Negra’, dirigido pelo ‘nosso’ Walter Salles na gringolândia.

Até o final do ano, Jennifer Connely comparece em dois novos filmes: a refilmagem do clássico da ficção científica, ‘O Dia em que a Terra Parou’, com Keanu Reeves, e 'He's Just Not That Into You', do qual não se sabe muito além do elenco ‘all star’ que inclui Scarlett Johansson, Jennifer Aniston, Drew Barrymore e Ben Affleck. Mas mesmo no meio dessa gente, tenho certeza de que os olhos de Jennifer continuarão a enfeitiçar os incautos. Como eu.

quinta-feira, 29 de maio de 2008


“Os jovens praticamente não lêem. Com toda a informação disponível on-line, como nunca antes na história, preferem dedicar uma quantidade inacreditável de tempo a vasculhar vidas alheias e a exportar as suas próprias em redes de relacionamento como o Facebook e o MySpace” – Mark Bauerlein, escritor americano

They shoot horses, don't they?


“Situada entre o ocaso do sistema dos estúdios, a partir do fim dos anos 50, e o advento do ‘blockbuster’ turbinado por efeitos especiais, do fim dos anos 70 em diante, a carreira de Pollack exala um perfume nostálgico, uma paixão por histórias carregadas pelo magnetismo dos atores, que o diretor soube terminar antes que os patrões a declarassem antiquada” – Cássio Sterling Carlos, crítico da Folha, escrevendo sobre o diretor de cinema (e ator) Sydney Pollack, morto nessa semana; acima, a imagem de um de seus melhores filmes, o angustiante ‘Noite dos Desesperados’.

sexta-feira, 23 de maio de 2008

Notas da(de?) quinta


41 mil comprimidos de ecstasy, 17.600 micropontos de LSD e 310 gramas de skank. Era esse o conteúdo que trazia candidamente em uma mala o universitário 'playba' José Luiz Aromatis Netto, preso ontem no Aeroporto do Galeão, vindo de Amsterdam. Será que ele planeja, depois de sair da cana, escrever um livro e vender os direitos para o cinema (talvez 'Meu Nome Não é Lou'), ou ele é só mesmo um idiota arrogante, certo da sua impunidade?
A ilustração acima é 'Ecstasy', de Maxfield Parrish (1870-1966), ilustrador e pintor americano famoso por suas imagens oníricas e coloridas do início do século passado e que tiveram um revival graças à ótica lisérgica dos anos 60/70.

A Corte de Apelações da Inglaterra invalidou a condenação de um homem gay que vinha filmando, secretamente, outros homens no vestiário de uma piscina. Disseram que contemplar peitos masculinos está de acordo com a lei inglesa, que considera apenas os peitos femininos como 'parte íntima'. No mesmo dia, os jornais ingleses publicavam a conhecida imagem acima, do anjo cego Pygar em 'Barbarella', o filme ícone sexykitsch de 1968. O ator John Phillip Law, que interpretou o anjo e foi um dos peitos masculinos mais desejados do cinema, morreu essa semana, aos 70 anos.

terça-feira, 20 de maio de 2008

Aê Brasil-sil-sil!



Tô na correria. Difícil postar qualquer coisa.

Mas vem feriado aí.

Dono de empresa, detestava os feriados.

Agora funcionário... Viva o país dos feriados!

sábado, 17 de maio de 2008

Musas de Qualquer Estação


Logo no começo da carreira, por sua participação destacada em vários filmes cult, ela já se estabelecia como a queridinha dos mais antenados. Foi sem dúvida uma ascensão meteórica, a da atriz Winona Ryder - pelo cuidado na escolha de papéis sempre interessantes e/ou densos, que equilibravam seu jeito de linda menina aparentemente indefesa, com interpretações consistentes em adaptações literárias de prestígio ou em temas à margem do rame-rame convencional do cinemão americano. Seu maior desafio, entretanto, se dá mais recentemente, a partir dos trinta anos, quando Winona tenta desesperadamente recuperar a imagem arranhada pelo estardalhaço causado pelo caso do roubo (cleptomania?) e de confusões com drogas (lícitas? ilícitas?), ao mesmo tempo em que procura se estabelecer como atriz adulta e séria.

Winona Laura Horowitz nasceu em 29 de outubro de 1971 e foi batizada com o nome de sua cidade natal, no estado americano de Minnesota. O pai, escritor, trabalhou como arquivista para seu sogro, ninguém menos que Timothy Leary, o guru do LSD. Sua mãe, budista e também escritora, publicou vários livros sobre experiências com drogas; o casal,muito amigo do poeta-ícone dos anos 60, Allen Ginsberg, morou numa comunidade hippie no norte da Califórnia por boa parte da infância de Winona, com sete outras famílias – sem eletricidade, sem água corrente. “Todo mundo andava nu”, contou Winona. “Não era um pesadelo, mas também era algo longe do Nirvana, quando se é uma criança; fazia frio demais no inverno, todos os adultos cuidavam de todas as crianças e muitas vezes eu não tiinha certeza de quem era meu pai ou minha mãe”. Ainda criança, Winona tornou-se uma leitora voraz, o que acabou reforçando sua personalidade arredia e solitária. Aos 10 anos, logo em sua primeira semana como aluna de uma escola ‘convencional’, acabou levando uma surra dos meninos da classe, que pensaram que Winona fosse um garoto gay; por isso, passou a estudar por conta própria, recebendo aulas de professores particulares na comunidade. Logo depois, seus pais a matricularam no American Conservatory Theatre de San Francisco, onde a menina ‘se achou’, tornando-se destaque entre os colegas por seu talento, sua cultura já acima da média e por sua beleza inocente, cativante.

Com apenas 15 anos, chamou a atenção do diretor David Seltzer, que a escalou ao lado de Charlie Sheen em ‘Lucas’, um filme ‘esquisitão’. Quando perguntada sobre que nome gostaria que aparecesse nos créditos , Winona ‘deu-se’ o sobrenome Ryder – em homenagem à obscura banda de rock Mitch Ryder & The Detroit Wheels, uma das favoritas de seu pai. Logo depois, outra participação em outro filme fora dos padrões, como a garota sensitiva que namora com um retardado mental interpretado por Rob Lowe em ‘Square Dance’. E daí, o estouro, como a garota dark e super-interessante do ótimo ‘Beetlejuice’, de Tim Burton (em 1988). Mas enquanto o filme catapultou seu diretor para as grandes produções, Winona permaneceu no território das produções cult e independentes. Seu próximo filme foi ao lado de Kiefer Sutherland e Robert Downwy Jr. - um trio de jovens desajustados em ‘1969’. E em seguida, o ousado papel de namorada inconseqüente do serial killer psicopata vivido por Christian Slater no perturbador ‘Heathers’, de 1989.

Sequência gloriosa: a noiva adolescente de Jerry lee Lewis em ‘Great Balls Of Fire’ (1989), a filha adolescente de Cher no delicioso ‘Minha Mãe É Uma Sereia’, apaixonada por Johnny Depp, na tela e na vida real, em ‘Edward Mãos de Tesoura’ (de novo, Tim Burton, 1990), a atormentada ‘isca’ do suntuoso ‘Drácula’, de Coppola (1992), a menina-mulher de Day-Lewis no soberbo ‘A Era da Inocência’ (de Scorsese, 1993). Em 1997, Winona fez ‘Alien 4’ ao lado de Sigourney Waever – talvez tenha sido alguma maldição do ‘bicho feio’, mas a partir dali, as coisas começaram a dar errado para a moça. Nas filmagens, sofreu um acidente e machucou a coluna vertebral – sentia dores terríveis e se entupia de analgésicos. Em agosto de 2001, foi internada em Londres. Diagnóstico: escoliose cervical. Na saída do hospital, tropeçou e quebrou o braço. Passou a tratar-se com um certo Dr.Jules Lusman, investigado desde 97 por suspeita de exagero em receitas e prescrições, mas que talvez exatamente por isso, virou queridinho das estrelas de Hollywood. Em dezembro, Winona foi presa na loja Saks, na Quinta Avenida de Nova York, com uma sacola cheia de itens roubados. Na bolsa da atriz, Demerol, Endocet, Vicodin e Vicoprofen, sem as receitas correspondentes. Escândalo, processo, condenação. Depois, a revelação de que Winona Ryder havia, de janeiro de 96 a dezembro de 98, se consultado com 20 médicos diferentes, dos quais conseguira 37 receitas diferentes. Condenada a três anos de prisão, Winona foi solta por bom comportamento após um ano. Mas foi presa novamente uma semana depois, por ter feito gozação da sua própria situação no ‘Saturday Night Live’. Na saída da delegacia, o assédio da imprensa foi feroz, um detetive a empurrou pra tirá-la de cena, a moça escorregou e quebrou, de novo, o mesmo braço.

Ultimamente, Winona Ryder tem feito alguns filmes, como 'A Scanner Darkly' (2006), ‘The Ten’ e ‘Sex and Death 101’, ambos de 2007. Não chegam perto de um 'Drácula' ou de 'Era da Inocência', mas também não a comprometem. Tomara que ela dê a volta por cima. Se não conseguir, ao menos a aposentadoria já estará garantida: com uma história como a dela e vivendo nos EUA, basta vender os direitos para a filmagem de sua própria vida...

quarta-feira, 14 de maio de 2008

Um grande cara...


Grande guitarrista e excelente pessoa, o guitarrista Wander Taffo morreu hoje de manhã, de enfarte, em sua casa. Tinha 53 anos e nunca tivera problemas de saúde. Nascido no emblemático bairro da Pompéia, Wander começou sua carreira em 1973 com o Memphis, histórico grupo que animava os bailes e mingaus dançantes da época. Tocou no Made in Brazil, na Gang 90, no Joelho de Porco. No início dos 80, experimentou o gosto do sucesso popular com a banda Rádio Táxi e fez parte do grupo que acompanhava Rita Lee.

Depois, abriu em São Paulo a EM&T (Escola de Música e Tecnologia), referência no setor de ensino de música no Brasil – desenvolveu um novo método de ensino e formou muita gente boa. Mas independentemente disso, entre seus colegas músicos, Wander sempre foi considerado um mestre da guitarra rock, criando timbres próprios e um estilo pessoal, inconfundível. A revista ‘Guitar Player’, por exemplo, o elegeu várias vezes entre os melhores guitarristas de rock do mundo. Pouca gente sabe, mas Wander também desenvolvia um dedicado trabalho social, distribuindo agasalhos e alimentos para moradores de rua.

Conheci Wander na época do Rádio Táxi e o reencontrei em um show (não me lembro qual) no ano passado. Na ocasião, disse a ele que estava pensando em comprar uma guitarra e ele imediatamente se dispôs a ser meu professor (‘claro que na amizade, brother!!’). Infelizmente, isso nunca rolou...

Sobre ele, escreveu hoje Ricardo Feltrin, editor-chefe da Folha Online:

“Os únicos estigmas dos heróis da guitarra que (Wander Taffo) carregava eram um cabelão e os inseparáveis óculos escuros. Sempre foi um artista modesto. Mesmo nos anos 80, quando explodiu com o Radio Taxi, continuava dando aulas, se apresentava em eventos beneficentes e fazia palestras para atrair jovens para a música. Para fazer uma comparação entre gerações e instrumentos, Taffo está para a história da guitarra brasileira como um Altamiro Carrilho o está para a flauta transversal. Deixa filhas, viúva, amigos e uma escola que virou grife para o currículo. E uma história que vale a pena lembrar”.

O amor é lindo!


Era um inocente e corriqueiro almoço familiar. Mas a minha irmã, que não estava bebendo vinho - só eu e meu irmão nos dedicavamos aos prazeres de Baco - e que não tem o costume de inventar ou apimentar histórias apenas para se sobressair no ambiente (ela já se destaca naturalmente), de repente sai com essa:

'Soube de fonte seguríssima que está rolando um affair quentíssimo entre GK e AM. Este último já está inclusive largando a família para ficar com o primeiro'.

Bom... e daí? Nada de condenável, é lógico; mas absoultamente relevante sim, já que ela estava falando do prefeito da cidade e daquele supersecretário que carrega o sobrenome italiano mais famoso de São Paulo.

Prontofalei!!!

sexta-feira, 9 de maio de 2008

Musas de Qualquer Estação


Regina Spektor, em russo Регина Спектор, nasceu em Moscou (18/02/1980). É cantora, compositora e pianista, e desde os nove anos mora nos EUA; hoje, é tida como uma das mais destacadas representantes do cenário ‘antifolk’ de Nova York (whatever that means...). Mas o importante é que a moça, além dessa beleza fora dos padrões ‘normais’ – e por isso mesmo, muito atraente - possui talento incomum. Sua música tem uma forte marca pessoal, enquanto sua voz e seu piano trazem uma estranha e saborosa combinação de popular e erudito - cabaré enfumaçado e sala de concerto.


Ela nasceu numa família de músicos - seu pai, fotógrafo, era também violinista amador, e sua mãe era professora de música da Universidade de Música Russa. A família deixou o país em 1989 para se estabelecer no Bronx nova-iorquino. No começo, Regina se interessava apenas por música clássica, mas depois começou a gostar de rock e de hip hop.

Regina Spektor já tem quatro CDs lançados, todos muito bons: “11:11” (de 2001), “Songs” (2002), “Soviet Kitsch” (2004) e “Begin to Hope” (2006). O vídeo abaixo traz um trecho da apresentação dela no Festival Lolapallooza de 2007, nos EUA. Além de tudo, Regina tem um sorriso lindo... vejam só:

quinta-feira, 8 de maio de 2008

Nasce uma estrela



“Eu tinha 19 anos e fiquei três anos na cadeia; fui barbaramente torturada. Qualquer pessoa que ousar dizer a verdade para o interrogador compromete a vida de seus iguais. Eu me orgulho muito de ter mentido, porque mentir na tortura não é fácil. Na tortura, quem tem coragem e dignidade, fala mentira. Agora, na democracia, fala-se a verdade. Essa é a minha biografia e eu me orgulho dela. Qualquer comparação entre a ditadura militar e a democracia brasileira só pode partir de quem não dá valor à democracia brasileira. E eu acredito, senador, que nós estávamos em momentos diferentes da nossa vida em 1970”.

Palavras de Dilma Rousseff, em depoimento ontem à Comissão de Infra-Estrutura do Senado, respondendo à insinuação do senador José Agripino Maia (do DEM, e ex-Arena no tempo da ditadura), de que ela poderia estar mentindo novamente, já que admitira em entrevista 'ter mentido sob tortura'.

Fica aqui o meu sincero agradecimento ao senador, por ter dado à Ministra a oportunidade de proferir resposta tão contundente. Com uma oposição dessas e um presidente 'nadando de braçadas' em números e feitos incontestáveis, o caminho para o Brasil ter pela primeira vez uma mulher na Presidência, parece cada vez mais claro.

terça-feira, 6 de maio de 2008

As pedras rolam e ainda não criam musgo!

O filme 'Shine a Light', de Martin Scorsese, que é basicamente a filmagem de um show exclusivo dos Rolling Stones no belíssimo Beacon Theater de Nova York, está em cartaz, aqui em Sumpaulo, somente em dois cinemas - Gemini e Belas Artes - e em apenas dois horários: 21h30 no primeiro e 16h30 no segundo. Semana passada, assisti às duas sessões. Primeiro, no Gemini: boa projeção, tela grande, som razoável; depois, no Belas Artes: tela pequena e som péssimo. É uma pena: como se pode curtir um filme de rock com som baixo e empastelado? É um desrespeito com quem fez o filme e com quem pagou pra assisti-lo. Um absurdo, ainda mais grave porque o filme é muito bom. Scorsese dá uma verdadeira aula de direção, ao levar para o cinema um show como nunca antes eu havia visto - a excelência no movimento de câmeras (nada daquela estética videoclip de cortes rapidissimos, por favor!), o equilíbrio entre planos gerais e detalhes, o timing perfeito no encadeamento entre os números musicais e as (poucas e ótimas) cenas de entrevistas de arquivo. Mas é claro que o filme vale mesmo é pelos velhos astros, com especial destaque para um ainda inigualável Mick Jagger e um cada vez melhor Keith Richards, que visivelmente curte cada vez mais o personagem que criou para si próprio e que parece te-lo 'dominado' completamente. E atenção, para quem ainda for ver o filme (no Gemini, o menos ruim...), para a espetacular participação do bluesman Buddy Guy. Ao final da música que o lendário guitarrista de Chicago toca com os Stones, um embevecido Keith Richards passa ao velho mestre a sua guitarra, dizendo: 'It's yours'. O trailer abaixo dá uma idéia do que é o filme.

sexta-feira, 2 de maio de 2008

Musas de Qualquer Estação


Além de linda e boa atriz, a inglesa Rachel Weisz é pisciana (nasceu em 07 de março de 1971), filha de mãe austríaca e pai húngaro. Na adolescência, tornou-se líder feminista na escola que freqüentava em Cambridge, onde também montou um grupo de teatro formado só por mulheres, chamado ‘Talking Tongues’. Foi com esse grupo, em 1991, que Rachel ganhou seu primeiro prêmio como atriz, no Festival de Edimburgo, Escócia, com a peça ‘Slight Posession’, escrita e protagonizada por ela. E apenas três anos depois, ganhou o prêmio ‘Revelação de Atriz’, da exigente crítica teatral inglesa, pela peça ‘Design for Living’, montada em Londres.

No cinema, Rachel começou a chamar a atenção internacional no papel secundário que ninguém menos que Bernardo Bertolucci reservou pra ela em ‘Beleza Roubada’ (de 1996); em 99, o trash movie ‘A Múmia’ (que eu confesso... adoro!), levou Rachel ao estrelato. A atriz com formação shakespeariana se rendia à máquina de moer carne do cinemão de Hollywood? Sim, verdade... mas uma mulher como Rachel Weisz, a gente sempre perdoa, né?

Depois vieram ‘O Retorno da Múmia’, ‘About a Boy’ (transposição para a telona do ótimo livro de Nick Hornby), ‘Runaway Jury’ (ao lado de Gene Hackman e Dustin Hoffman), e os bons ‘Confidence’ e ‘Constantine’, até chegar em ‘O Jardineiro Fiel’, de Fernando Meirelles, onde Rachel Weisz vive a apaixonante Tessa – papel que lhe valeu o Oscar de atriz coadjuvante. O filme seguinte, ‘The Fountain’ (2006), serviu para Rachel conhecer aquele que virou seu marido, o diretor Darren Aronofsky.


A moça não pára. Está no controverso ‘My Blueberry Nights’ (aquele, de Kar Wai Wong, que traz a estréia de Norah Jones como atriz), em ‘Definitely Maybe’ (de Adam Brooks, entrando em cartaz no Brasil), em ‘The Brothers Bloom’ (com Adrien Brody e Mark Ruffalo) e ‘The Lovely Bones’ (de Peter Jackson, com Susan Sarandon), esses dois últimos com lançamento previsto para o segundo semestre. Pra completar, Rachel Weisz filma atualmente ‘Agora’, drama histórico dirigido pelo chileno Alejandro Amenábar, o festejado diretor de ‘Mar Adentro’.