quarta-feira, 14 de maio de 2008

Um grande cara...


Grande guitarrista e excelente pessoa, o guitarrista Wander Taffo morreu hoje de manhã, de enfarte, em sua casa. Tinha 53 anos e nunca tivera problemas de saúde. Nascido no emblemático bairro da Pompéia, Wander começou sua carreira em 1973 com o Memphis, histórico grupo que animava os bailes e mingaus dançantes da época. Tocou no Made in Brazil, na Gang 90, no Joelho de Porco. No início dos 80, experimentou o gosto do sucesso popular com a banda Rádio Táxi e fez parte do grupo que acompanhava Rita Lee.

Depois, abriu em São Paulo a EM&T (Escola de Música e Tecnologia), referência no setor de ensino de música no Brasil – desenvolveu um novo método de ensino e formou muita gente boa. Mas independentemente disso, entre seus colegas músicos, Wander sempre foi considerado um mestre da guitarra rock, criando timbres próprios e um estilo pessoal, inconfundível. A revista ‘Guitar Player’, por exemplo, o elegeu várias vezes entre os melhores guitarristas de rock do mundo. Pouca gente sabe, mas Wander também desenvolvia um dedicado trabalho social, distribuindo agasalhos e alimentos para moradores de rua.

Conheci Wander na época do Rádio Táxi e o reencontrei em um show (não me lembro qual) no ano passado. Na ocasião, disse a ele que estava pensando em comprar uma guitarra e ele imediatamente se dispôs a ser meu professor (‘claro que na amizade, brother!!’). Infelizmente, isso nunca rolou...

Sobre ele, escreveu hoje Ricardo Feltrin, editor-chefe da Folha Online:

“Os únicos estigmas dos heróis da guitarra que (Wander Taffo) carregava eram um cabelão e os inseparáveis óculos escuros. Sempre foi um artista modesto. Mesmo nos anos 80, quando explodiu com o Radio Taxi, continuava dando aulas, se apresentava em eventos beneficentes e fazia palestras para atrair jovens para a música. Para fazer uma comparação entre gerações e instrumentos, Taffo está para a história da guitarra brasileira como um Altamiro Carrilho o está para a flauta transversal. Deixa filhas, viúva, amigos e uma escola que virou grife para o currículo. E uma história que vale a pena lembrar”.

12 comentários:

anna disse...

sinto. jovem demais. filhos jovens...

e penso que tenho que parar de fumar, beber e fazer exercícios.

Anônimo disse...

Memphis no palco sempre era a garantia de um ótimo "mingau".
Sempre me entristece a notícia de um músico que se vai. São uma categoria meio que especial neste amplo cenário das atividades humanas.

Neil Son disse...

é anna, essas coisas mexem bastante com a gente...

Neil Son disse...

concordo inteiramente, peri. e quando por trás do grande músico está uma grande pessoa, o impacto é de uma violência quase insuportável.

jayme disse...

Anna, não pare de fazer exercícios. Neil, realmente, de vez enquando a escala lá de São Pedro parece ser extremamente injusta. Vivi essa sensação recentemente.

anna disse...

ops, jayme... na realidade preciso fazer exercício.

qualquer que seja, menos levantamento de copo e cigarro.

Anônimo disse...

kdfb j rg err y y r y

Anônimo disse...

sdobkjf g er

gil

franka disse...

neíl, ainda há tempo de você tocar guitarra. olha que coisa boa pra você ser quando crescer: guitarrista.

Anônimo disse...

neil: ele tb teve sua propria banda, o Taffo, em parceria com os irmaos Andria e Ivan Busic - que hj estao no Dr.Sin :) vou sentir saudadades, pq era uma pessoa incrivel, puta guitarrista e excelente musico. bj Dani Penna

Neil Son disse...

e o seu cunhado pode me dar aulas, né franka?

Neil Son disse...

sei da banda taffo, dani; apenas me escapou, na hora que eu tava escrevendo. e no youtube tem um video interessante do taffo tocando 'adagio', aquele classico do erudito albinioni, em formato heavy metal no programa do serginho groisman. e na platéia, um atônito julio medaglia...