quinta-feira, 22 de abril de 2010

O Pai, o Filho e o Espírito Santo


A Santíssima Trindade do futebol reuniu-se no Café Maravilhas, em Madri, para uma publicidade das bolsas Louis Vuitton. As fotografias foram feitas pela genial Annie Leibovitz. A campanha estrará nas revistas em junho, durante a Copa do Mundo da Africa do Sul. A Agência responsável demorou um ano para acertar cachês e datas com os astros. O que terá sido mais difícil, a grana ou a agenda? E qual deles terá cobrado mais mais?

quarta-feira, 7 de abril de 2010

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Luzes, câmera... e inação


Luiz Felipe Pondé é (mais um) colunista da Folha que adora causar polêmica. Semana passada, mexeu em um vespeiro ao comentar que o cinema brasileiro é incapaz de fazer filmes como o argentino ‘O Segredo dos Seus Olhos’, que recentemente ganhou o Oscar de melhor filme estrangeiro. Pondé argumentou que o cinema nacional limita-se à favela e à violencia, sendo ainda refém da ‘estética da fome’, de uma visão ‘idealizada’ da pobreza que foi consagrada pelo cinema novo e especialmente, por Gláuber Rocha. No decorrer de toda a semana, choveram cartas na redação do jornal, contra e a favor das posições defendidas pelo colunista.

Embora eu mesmo já tenha incluído o Gláuber em uma das ‘Galerias dos Chatos’ que postei aqui no blog, estou longe de concordar com o Pondé. Em primeiro lugar, não acho que o Gláuber tenha inaugurado uma ‘estética’ e nem mesmo que tenha o poder de influenciar o cinema brasileiro até hoje. Por outro lado, nossa produção (nossa não, ‘deles’, já que não sou cineasta) inclui também a recente ‘estética da TV’ – perpetrada pela Globo Filmes em sucessos como ’Se Eu Fosse Você’ (1 e 2), ‘Os Normais’, ‘A Grande Família’ e o recente ‘Chico Xavier’, entre tantos outros. Ontem, assisti na TV a mais um exemplar dessa categoría, o babaquara e rastaquera ‘Mulher Invisível’ - que entre uma bobagem e outra, desperdiça o enorme talento de Selton Mello. O cinema brasileiro mais ‘independente’ (se é que podemos assim chama-lo) também é capaz de produzir boas surpresas, como ‘O Cheiro do Ralo’ e os documentários do Eduardo Coutinho, por exemplo. E mesmo a Globo Filmes, de vez em quando parece distrair-se e deixar passar uma pérola pouco vista como ‘Tempos de Paz’, dirigido pelo mesmo Daniel Filho do ‘Chico Xavier’ – que não vi e nem pretendo. Em suma: Pondé força a mão, exagera certas coisas e omite outras. Tudo para criar uma polêmica. Isso é jornalismo?