segunda-feira, 24 de agosto de 2009



Interessante sugestão do talentoso designer e amigo Zabarov (www.ManoBrowser.com.br), para tornar mais representativo de sua natureza, o logo da Lei Anti-Fumo do Zé Serra...

21 comentários:

Zabarov disse...

Opa!
Agredeço a divulgação e aos elogios.
Abz e vamos marcar aquela cerva.

peri s.c. disse...

Neil
Hoje, creio que numa ação de " guerrilha de marketing", na madrugada, em vez de me entregarem o Estadão, veio a Folha.
Nela, na Ilustrada um interessante texto do Luis Felipe Ponde, com uma ilustração muito parecida com essa aí.
O artigo é ótimo destrinchando o fascismo dissimulado pela " democracia", da tal lei.

Gabriel Rocha Gaspar disse...

Sabe por que eu não gosto da publicidade? Porque ela sobrepõe a imagem ao conteúdo da mensagem. Depois falam que sensacionalista é o jornalista...

Neil Son disse...

ei zappa zabarov, já te plagearam viu só? ou será a tal da sincronicidade?

Neil Son disse...

só fui olhar a ilustrada depois que li seu comentário, peri! que coisa... e olha, o pondé parece ser um chato, mas ele é ousado e escreve bem.

Neil Son disse...

sobrepor a imagem ao conteúdo da mensagem, gabriel? foi muito profundo, não sei se captei bem... e aquela idéia de que a 'imagem vale por mil palavras'? caducou? e justo nesses tempos tão imagéticos?

Zabarov disse...

Pois é Neil Son... Esse logo fiz dia 10/08. Deve ser mesmo a velha sincronicidade. Ou é pq é nazi mesmo : )
abz

anna disse...

o texto do pondé é ótimo!

Neil Son disse...

zabarov: sincronicidade. sincro na cidade.

Neil Son disse...

anna: o do coutinho hoje, sobre adão e eva, também.

jayme disse...

Eu acho tanto o Pondé quanto o Coutinho duas provas do quão aguado vem ficando o jornalismo de opinião por aqui. Proibir o cigarro em espaço público fechado é o que o mundo está fazendo -- até na Turquia, famosa pela liberalidade com o cigarro, se endureceu a lei. Gostaria de saber o que é que há de fascismo nisso. Esse raciocínio levaria a considerar fascista a proibição de buzinar na frente do hospital e dirigir sem cinto de segurança, ou mesmo a solicitação para que se desligue o celular no cinema -- "restrição inaceitável ao diálogo e à liberdade de expressão", diriam os pondés por aí. Também se poderia chamar de fascista a lei seca do governo federal, que arrochou o limite mínimo de bebida a quem vai dirigir depois. Ou toda norma que vise organizar a vida em coletividade - afinal, isso sempre apertará o espaço para um ou outro gosto pessoal.

anna disse...

censa, marcio.
jayme, sou absolutamente favorável a lei.
acontece que gosto também de idéias, pensamentos que venham contrários aos meus.
sou super criticada por gostar de algumas pessoas, como exemplo o diogo mainardi, porque ele fala tão do avesso que me faz repensar.
é nisso que o texto do pondé me agrada.
pensamento em viés ao meu.

gosto disso.

jayme disse...

Anna, acho sempre importante ter contato com formas de pensar diferentes das nossas, até porque esse é o alimento do pensamento independente. Mas acho também grotesco ver alguém com acesso a espaço tão nobre da mídia vir tachar o outro de nazista, ainda mais com argumentos tão esquálidos. Ler quem pensa diferente é importante, mas não qualquer um que pense diferente e nem apenas por pensar diferente.

Neil Son disse...

jayme: a lei em si, sem os penduricalhos, é perfeita. o problema são esses acessórios, NAZISTAS SIM! um exemplo? o odioso incentivo ao dedurismo!

Patty Diphusa disse...

Concordo que não é a lei em si, mas o autoritarismo explícito.

Dedurismo, multas absurdas, inclusive para motoristas de taxi que fumarem no seu próprio carro, poder para síndicos chamarem a polícia se vc sair fumando do seu ap, até multa se vc fumar na rua usando capa de chuva. E uns tantos outros penduricalhos que são completamente desnecessários mas a cara de um governador autoritário.

Em NY, por exemplo, vc tem locais onde se pode fumar. Mas são muito mais caros, pque o seguro cobra altíssimo de quem permite o cigarro no estabelecimento. Mas tem a possibilidade.

bjs

peri s.c. disse...

A proibição dos fumódromos é hilária, a lei ignora a existência de portas ( automáticas ou com molas ) e os progressos da industria dos sistemas mecânicos de exaustão.
Outra preciosidade é a proibição embaixo de marquises.
À respeito tive, na companhia de um casal, uma interessante conversa com um dos seguranças do Aeroporto de Congonhas. Quando formos abordados em plena prática pseudo-criminosa, apontei para cima e disse : " olhe, estamos 2m fora da projeção da marquise ( de 10m de altura ), aqui pode ". Fundiu a cuca do operoso profissional, que pediu desculpas, não sabia desse detalhe, mas pediu que nos afastássemos um pouco mais, porque o chefe dele, "o homem-da-câmera" ( sic ) ia acabar enchendo o saco dele pelo rádio, via o sub-chefe e o sub-sub-chefe.
Tudo isso no saudável e límpido ar da Rubem Berta, 6ª feira, 20:30hs, todo o trânsito parado.

Gabriel Rocha Gaspar disse...

Quando falei que a imagem se sobrepõe ao conteúdo da mensagem quis dizer exatamente o que disse o Jayme. A lei não tem nada de nazista, a imagem é pura e simplesmente vazia. Por falar em nazista, nazista mesmo é utilizar-se da publicidade para introjetar na cabeça das pessoas conceitos genéricos que elas próprias - por uma série de fatores que não cabe listar - não têm preparo para entender e interiorizam de forma passiva. Afinal, não foi exatamente isso que Hitler fez via Leni Riefenstahl?

Neil Son disse...

vixi jayme, os argumentos da patty, do peri e do gabriel são os meus (só não tive talento ou 'saco' pra escreve-los). agora, a bola tá quicando aí na sua área, meu caro...

jayme disse...

Tentando pegar a bola quicante: a cara de um governador autoritário vem mais do pintor do que do governador. É isso o que temos visto à exaustão no discurso geral sobre o assunto. O agravante é o que aponta com clareza o Gabriel: chamar a lei de nazista é mais do que forçar uma barra: é deseducar, é corroborar um engano, seja ele ingênuo -- como o de seu amigo ilustrador -- ou sacana -- como o de gente como Zé Dirceu e os reverberadores de seu discurso. Por fim, cenas como a vivida pelo Peri são típicas de um momento novo, em que não se sabe ainda bem o comportamento que se deve ter ou exigir. Simples assim. Em tempo: sair do Balcão à 1 da manhã sem cheirar a cigarro é uma maravilha!

peri s.c. disse...

Jayme
O problema da minha cena não foi o segurança, foi a " ordem " dos superiores dele : ali "naquele trecho de calçada ninguém fuma", independente de estar de acordo com a lei.
O velho problema do cachorro do dono que morde mais que o dono. E tá cheio de cachorros do dono soltos por aí.
Os operadores do poder adoram ( necessitam ) seus cachorros.

Aliás o ponto chave desa lei é exatamente o que você frisou : sair do bar/restaurante/balada sem estar cheirando cigarro. Esses eram os últimos lugares onde aínda se fumava ( não fumante não percebe essas coisas ). Probleminha fácil de resolver com a implantação pra valer de fumòdromos ( êta palavrinha ), o que seria muito menos midiático.

Também acho algo apelativos esses logos criados com a suástica, mas o Pondé em seu artigo toca em alguns pontos interessantes e ... fascistóides da lei.
E cá entre nós , se a questão são ares saudáveis , o governardor também não é lá flor que se cheire impunemente.

hélio disse...

Se os fumantes fossem um pouco mais educados e respeitosos com os não fumantes, não haveria necessidade da lei, mas como não fumante é, ou era ser chato... muuuito chaaatooo, então ... ponto prô cara. Pelo perfil de personalidade do josé, ele deve estar se vingando de todos os fumantes que um dia ousaram fumar perto dele.

Essa imagem de "nazista" o josé vem construindo passo a passo pelo conjunto da sua obra, viu Jaymão, não é só pela lei não... tropa de choque dentro da universidade mandando bala em estudante, convenhamos, nem nazista.

Aliás Neil, cuidado! Quem critica o josé, corre o risco de ter o seu blog fechado, e levar um processo de quebra, eu hein? Censura??!!

como diz a Patty... Credo!!!