quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

It was twenty years ago today! No, it was 29 years ago yesterday...


Incrível, mas ontem fez 29 anos do assassinato de John Lennon por aquele imbecil limítrofe que já havia estado com ele e conseguido um autógrafo - de manhã, quando o artista saía de casa -, e que o esperou até a sua volta, à noite, para matá-lo com três tiros, na entrada do edifício Dakota, em Nova York.

Na época, eu trabalhava na Warner Discos - e minha função era justamente alimentar a imprensa brasileira com notícias sobre os artistas e lançamentos da gravadora. E nos preparávamos para o lançamento do primeiro disco de Lennon após cinco anos de silêncio, 'Double Fantasy'. Por conta disso, quase diariamente recebia relatos do desenvolvimento e da finalização do trabalho de produção do disco, diretamente da Geffen Records de Nova York. Oportunidade maravilhosa para um beatlemaníaco como eu.

Me lembro daquele longínquo dia em que meu pai chegou em casa, chamou os filhos e disse algo como: 'Trouxe aqui um disco de uns sujeitos de quem vocês ainda vão ouvir muito'. Era o 'Help', dos Beatles; e era a minha entrada (sem porta de saída) no universo do rock e da cultura pop.

Prepotente, ingênuo, farsesco, ressentido, equivocado, excessivo, inconsequente, visionário, pioneiro, genial. Todos esses adjetivos cabem na definição da personalidade de John Lennon. E todas essas facetas estão presentes no documentário 'Imagine', produzido por Yoko Ono alguns anos após sua morte, disponível em DVD e que, sem dúvida, recomendo.

Tão incrível quanto nos darmos conta de que já entramos no trigésimo ano pós-assassinato de John Lennon, é lembrarmos de que ele morreu aos 40 anos, recém-completados. Quarenta anos! O que estaria fazendo hoje? Em que causas estaria envolvido? Ainda estaria com Yoko? E sua relação com Paul McCartney? Estariam finalmente resolvidos, apaziguados?

Abaixo, trecho do documentário 'The Rolling Stones Rock n' Roll Circus', de 1966. Traz a primeira apresentação de Lennon sem os Beatles - e ao lado de Keith Richards, Eric Clapton e do baterista Mitch Mitchell, que tocava com Hendrix. A música é 'Yer Blues', faixa do excepcional 'White Album', dos Beatles.

10 comentários:

Gabriel Rocha Gaspar disse...

O que ele estaria fazendo hoje eu não sei, mas uma coisa é certa: a música dos anos 80 teria sido outra. Acho que se ele e Bob Marley tivessem na ativa na década de oitenta, o mundo seria outro. Mas a gente só pode supor...

Legal pra cacete o vídeo!

jayme disse...

É complicado atribuir significados às coisas, mas não terá sido o assassinato de John Lennon a porta de entrada à década dos yuppies?

Neil Son disse...

com certeza, gabriel. e pelo documentário 'imagine', dá pra supor que uma reunião dele com o mccartney era iminente.

Neil Son disse...

jayme: é parecido com dizer que a queda do muro de berlin marcou o fim do século 20. mas depois veio o 11 de setembro e um 'novo' final de seculo foi decretado. o próprio lennon 'estabeleceu' o final dos anos sessenta com a famosa frase 'the dream is over', né?

Leila disse...

O mais estranho e' que agora eu sou mais velha que ele...

Acho que nenhuma morte de pop star foi tao chocante quanto a dele, em todos os tempos.

Neil Son disse...

é leila, acho que você tem razão.

Dani Penna disse...

aff, BEATLES RULES! ;)

Silvio Macedo disse...

Vi poucas coisas sobre a data este ano.
Mas eu peguei o violão toquei umas musicas dele prás minhas filhas.
Tenho o documentário e assisto sempre com as meninas.
Acho que ele e Paul estariam juntos, se não musicalmente, mas como amigos.

Neil Son disse...

dani: como eles conseguiram fazer uma música que agrada geração após geração, hein?

Neil Son disse...

acho que musicalmente também, silvio.