segunda-feira, 23 de março de 2009

Uma cidade: Buenos Aires


Essa época do ano é uma das melhores para curtir a capital da Argentina: sol e céu azul de dia, temperaturas ideais à noite.



Muito verde, arquitetura deslumbrante, os bares e restaurantes modernos de Palermo, as livrarias, os cafés e confeitarias.



E o povo argentino, quase sempre muito mais politizado e civilizado que o brasileiro. Fica difícil entender como eles são presas tão fáceis para aberrações políticas como Perón, Menem, e agora, esse ridículo casal Kirchner. Perguntei para vários deles a razão disso; ninguém conseguiu me explicar direito.

18 comentários:

GUGA ALAYON disse...

É que eles são argentinos, oras!

Anônimo disse...

Algum argentino me falou que é porque o argentino é muito focado na personalidade, não enxerga programas ou partidos. É uma forma de egocentrismo, eu acho, ou de ser argentino, oras!

anna disse...

bela cidade.
e eles gostam de casais presidentes.

já pensou se a moda pega?

galega prá presidente?

Neil Son disse...

argentinos são mitônamos, guga. veja a coisa que eles têm com gardel, com evita, com maradona. é uma patologia.

Neil Son disse...

argentino é egocêntrico, pecus? 'magina...

Neil Son disse...

é mesmo anna, eles gostam de casais presidentes... evita, isabelita, cristina. uma morreu faz tempo, a outra vive no exílio. e a cristina? seinão... acho que ela tá bem arrependida dessa aventura; deve estar odiando o marido e louca pra voltar pra sua vidinha de perua consumista e alienada.

Arnaldo Heredia Gomes disse...

Bueno Aires é uma cidade deliciosa. A cada vez que vamos pra lá, descobrimos coisas novas, nos sentimos menos turistas. E a sua carne é incomparável.

Sobre a política, de fato é um povo mais politizado, mas acredito que o argentino, em geral, gosta muito mais de falar de política do que de fazer a política. E nesse aspecto, acaba sendo um tanto parecido com a nossa classe média, que adora reclamar dos políticos, mas não quer saber de se meter na coisa, de tentar agir. Veja a quantidade de gente que reclama da qualidade dos nossos políticos, mas não está disposta a se meter nesta seara, pra dar uma "melhorada" nesta qualidade.

Não estou defendendo os políticos em geral, mas este tipo de discurso acaba fortalecendo aquele outro, que defende a época do regime militar. Tem gente que acha que naquele tempo é que era bom.

Márcia W. disse...

modo politicamente correto off:
Ouvi dizer que quando os portenhos querem se suicidar, eles sobem lááá em cima de seus egos e pulam.
modo on:
mas são muito simpáticos nossos hermanitos.

Anônimo disse...

Neil:

Análise psicanalítica:
Ego, é um argentinozinho que temos no peito.

Abraços

Günther.

Neil Son disse...

concordo 100%, arnaldo. e é por isso, entre muitas outras coisas, que defendo o lula. o cara, pra governar essa joça, tem que apertar a mão de sarney, de collor e de acm, putaquipariu... tudo gente que sei que o lula, se pudesse, não olhava nem na cara. mas ainda bem que é ele que tá lá fazendo esse papel, ou seja, ocupando aquele espaço, se dispondo a fazer isso. porque eu mesmo, com certeza não teria esse estomago.

Neil Son disse...

pululam as piadas de argentinos, marcia e gunther... mas que eles têm muita coisa boa, isso também é verdade. e têm buenos aires, têm a patagônia, têm bariloche, têm o dulce de leche, têm os havanettes, têm a carne e as papas fritas, hummmm...

jayme disse...

Márcia, adendo ao politicamente correto off: quando um argentino se mata dessa forma, não morre do tombo, mas sim de fome.

Anônimo disse...

Neil:

Você está coberto de razões.Além de tudo êles têm Gardel, que aos 2 anos e meio estava na Argentina embora nascido no Uruguai ou na França,mas,como você diria,há controvérsias.Quanto a Le Pêra(Por una Cabeza,etc,)morou no Jardim Paulistano,fez parceria com Gardel,embora bem mais jovem que êle,não há controvérsias,mas afirmam os santistas que êle(Le Pera) nasceu lá, em Santos.Nós brasileiros elogiamos,mas não damos o braço a torcer.
Lá vai uma carta/poesia que se tornou universal inspirando inclusive Amália Rodrigues(e por falar nisso, onde anda nossa amiga Eugenia Mello e Castro?
A obra aqui homenageada,contribuiu para a gíria paulistana ,no fim dos anos 50 e comêço dos anos 60,palavras como: "bacana","otário","mísero","engrupir","milongueiro","paradas","descolado","pelego"...e mano a mano...

Aí vai:

MANO A MANO
(Gardel / Razzano / Flores)
Carlos Gardel (Argentina)


Rechiflao en mis tristeza
te evoco y veo que has sido
en mi pobre vida paria
sólo una buena mujer;
tu presencia de bacana
puso calor en mi nido,
fuiste buena, consecuente,
y yo sé que me has querido
como no quisiste a nadie,
como no podrás querer.

Se dio el juego de remanye
cuando vos, pobre percanta,
gambeteabas la pobreza
en la casa de pensión;
hoy sos toda una bacana,
la vida te ríe y canta,
los morlacos del otario
los tirás a la marchanta
como juega el gato maula
con el mísero ratón.

Hoy tenés el mate lleno
de infelices ilusiones;
te engrupieron lo otarios,
las amigas, el gavión.
La milonga entre magnates
con sus locas tentaciones,
donde triunfan y claudican
milongueras pretensiones,
se te ha entrado muy adentro
en el pobre corazón.

Nada debo agradecerte,
mano a mano hemos quedado;
no me importa lo que has hecho,
lo que hacés y lo que harás.
Los favores recibidos
creo habértelos pagado,
y si una deuda chica
sin querer se me ha olvidado
en la cuenta del otario
que tenés, se la cargás.

Mientras tanto que tus triunfos,
pobres triunfos pasajeros,
sean una larga fila
de riquezas y placer,
que el bacán que te acamala
tenga pesos duraderos,
que te abrace en las paradas
con cafichos milongueros,
y que digan los muchachos
"¡es una buena mujer!"

Y mañana, cuando seas
descolado un mueble viejo,
y no tengas esperanza
en el pobre corazón,
si precisás una ayuda,
si te hace falta un consejo,
acordate de este amigo,
que ha de jugarse el pellejo
pa' ayudarte en lo que pueda
cuando llegue la ocasión.

Abraços de seu amigo

Günther.

Anônimo disse...

Neil
1. Politização não significa discernimento, às vezes, muito pelo contrário.
2. Buenos Aires : um pouco de Europa, logo aí na esquina.E muito mais barato. Ótimo.
3. Segundo um amigo que trabalhou 3 anos na Argentina, baseado em Mendonza, a empáfia argentina é fundamentalmente portenha ( BA e arredores ), quanto mais você se afasta de BA, mais eles se tornam afáveis e simpáticos.

Neil Son disse...

jayme: o problema é que em muitas coisas, os argentinos são muito mais evoluídos que os brasileiros. a imprensa portenha, por exemplo, dá de dez na nossa.

Neil Son disse...

gunther, valeu pela letra do 'mano a mano'. conheço a música, mas nunca havia lido a letra inteira. ela me lembra uma história que meu pai contava. numa encenação mambembe de sexta-feira da paixão, em cidadezinha do interior do ceará, chegando ao ápice do evento - a crucificação de cristo -, eis que acaba a luz. o cristo, para entreter a platéia, não teve dúvida: desceu da cruz, pegou um violão e mandou bala no mano a mano: 'rechiflao en mis tristeza'...

Neil Son disse...

peri: 1) politização, às vezes, pode significar só mesmo uma exacerbação da incontrolável chatice humana. 2)em bs as, atualmente, os preços estão praticamente iguais aos do brasil 3) acho que isso é verdade: estive uma vez em bariloche e neuquen; os argentinos de lá eram totalmente diferentes.

Sebastian disse...

para Pery:
AMigo Pery, a arquitetura europeia de BSAS nao esta so na esquina, so tem que recorrer o Buenos Aires todo. Acho que ha mais europa na periferia que no centro mesmo, que esta lotado de apartamentos. Infelizmente muita arquitetura europeia foi destruida para construir outras casas na periferia, mas com certeza acho que Vc não sabe o que diz.
2) outra boa coisa, é a qualidade vida ou indice de desenvolvimento humano ( IDH ) da Naçoes Unidas onde Argentina esta no primeiro lugar na america latina desde faz quase 10 anos.
3) Argentina esta muito politizada, isso é bom, muito bom, é um povo sensivel, tanto que não gosta nada a muita diferenca entre pobres e ricos, por isso é não tão grande como no Brasil

Para Jayme: em qual pais esta a campanha Fome Zero ?