Quase pouco de quase tudo é assim: um pouco mais do que pouco, sobre um pouco menos do que tudo. Sem compromisso nenhum, principalmente comigo mesmo.O que der na veneta e pronto.
sábado, 27 de junho de 2009
O Rei (já estava) Morto
Muito já se falou e muito mais ainda vai se falar, nos próximos dias e semanas, sobre Michael Jackson. Por isso, me limito a dizer que o cara foi genial - do Jackson Five ao 'Thriller'; depois, entrou em gradativa e vertiginosa decadência. Vítima do 'sistema', da família, e dele mesmo. Triste história.
Assisti ao show dele em 93, aqui no Morumbi. Foi um show estranho: me lembro que cheguei a pensar que, com tantos efeitos cenográficos, quase não faria diferença se Michael não estivesse no palco. Mas o que realmente me deixou decepcionado é que o show não tinha timing, elemento essencial para qualquer espetáculo pop. Entre uma música e outra, parada de dois a três minutos para troca de roupas e cenários. Ou seja: o show nunca chegou a esquentar, a pegar no breu. Erro básico e inconcebível para o Rei do Pop. Mesmo assim, é claro que MJ merece todas as loas e homenagens. Acima, matéria que escrevi no Jornal da Tarde em 1991. E abaixo, sensacionais interpretações - de Caetano para 'Billie Jean' e de Miles Davis para 'Human Nature'.
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10 comentários:
Concordo plenamente contigo, Neil.
Infelizmente Michael foi vítima de toda a customização que a cultura pop preparou com viés mercadológico e acabou deteriorando a pessoa Michael Jackson e, com o tempo, a sua produção artística.
Quem já não se deleitou com "Thriller", "Don't Stop Until Get Enough", Billie Jean"...
Até eu, que sou novão, tenho 20, me sentia nos anos 70-80 quando escutava suas canções, desde o Jackson Five até "Bad" seu último álbum de qualidade.
Uma perda que realmente abalou!
tô triste.
dançamos ele durante anos.
bons anos.
e a matéria aí, tem loas ou porradas?
anna
Será que o fato de ter um cara no seu ombro - eu, no caso - não atrapalhou sua fruição daquele show no Morumba, Neil?
Não sei se minha compreensão foi meio entorpecida pela pouca idade, mas eu tenho uma memória boa - muito boa - desse show. Lembro dos impressionantes minutos que ele ficou absolutamente imóvel no centro do palco, no início do show. E lembro mais ainda da música Beat It, em que Michael era fuzilado no palco. Lembra disso?
Ele entrou por um lado do palco e uns seis ou sete caras entraram por outro, com metralhadoras nas mãos. Os caras cobriram Michael de bala, enquanto a música se segurava na bateria. De repente, ele se levantou e começou a dançar desconjuntado, como se estivesse morto, até a música emendar em Thriller. Sem intervalo.
Anteontem, vi no Multishow um show dele que devia ser dessa mesma época. E era, no mínimo, ESPETACULAR. Parênteses: os canal mandou bem no slogan do programa: "Um pequeno passo para o homem, um grande passo para a humanidade". Voltando ao assunto: por essas e outras, discordo bastante de você - e do Paulo Ricardo - quando diz que ele estava morto desde Thriller.
Quanto a sua matéria, põe um scanzinho mais da hora, vai? Tá ilegível...
infelizmente não vi nenhum show do gênio, mas imagino que teria a mesma impressão do Gabriel, hehe!
mas com certeza ele foi uma vítima da familia, dele mesmo e de todas as coisas que cercam pessoas talentosas e geniais demais. simplesmente não era suportável para um ser humano que nunca foi e nunca deixou de ser uma criança.
vá em paz, michael!
beijos, Luisa.
tiago: musicalmente o cara foi mesmo sensacional. mas para o meu gosto pessoal, não o coloco em um plano superior a stevie wonder ou prince.
anna: a matéria equilibra loas e porradas. registra o início da decadência e também os acertos de um álbum duplo (dangerous) que poderia ter sido um ótimo álbum simples. e o curioso é que a legenda da foto diz que, visualmente, MJ havia se transformado em uma mistura de diana ross com farrah fawcett...
é gabriel, talvez o 'peso' nos ombros tenha mesmo me prejudicado um pouco, hehe... tb me lembro do início retumbante com o cara parado no meio do palco; e me lembro dessa arrasadora sequência 'beat it/thriller'. mas tb me lembro do final rastaquera/babaquara/populista com o junior (do sandy e junior) e mais um monte de criancinhas no palco...
"um ser humano que nunca foi e nunca deixou de ser uma criança" - excelente definição, luisa!
Corrigindo: era Smooth Criminal/Thriller e não Beat It/Thriller
coitada mesmo foi a ex-pantera. Totalmente eclipsada com o morte do Rei.
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