Quase pouco de quase tudo é assim: um pouco mais do que pouco, sobre um pouco menos do que tudo. Sem compromisso nenhum, principalmente comigo mesmo.O que der na veneta e pronto.
quinta-feira, 12 de novembro de 2009
Pouca coisa se salva na cobertura sensacionalista da Folha de S.Paulo de hoje sobre o blecaute que deixou boa parte do país no escuro, terça-feira passada. Não me surpreende, é claro, a forçada tentativa de vincular o fato à má gestão do governo Lula, à falta de investimentos na geração e na transmissão de energia, blábláblá. E tem também, é lógico, a ridícula tentativa de relacionar o fato ao tempo em que Dilma Roussef foi ministra das Minas e Energia, no começo do primeiro mandato de Lula.
Mas o que mais me chamou a atenção nas várias páginas do jornal que falam sobre o assunto, foi essa nota abaixo. Que oportunidade perderam os mano da perifa de fazer uma rapa naquele antro de boçalidade encravado em construção de péssimo gosto na Marginal Pinheiros... vejam só:
PÂNICO NA DASLU
Protegidos por um gerador, convidados de uma festa na butique Daslu estavam aflitos na hora do apagão de anteontem. Começaram a pipocar ali notícias falsas de que a cidade vivia uma onda de arrastões. "Logo, as mulheres estavam escondendo as joias, os relógios e telefonando para os maridos e motoristas buscá-las com carro blindado", conta o consultor de etiqueta Fábio Arruda. A relações-públicas Fernanda Barbosa também se assustou. "Em Nova York, mesmo se não tem luz, você sai na rua numa boa, sabe que está seguro. Em São Paulo, se com luz já é perigoso..."
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9 comentários:
O que mais me impressiona é a ignorância dos abastados. Fernanda Barbosa disse que é seguro andar em Nova York mesmo quando não tem luz. Só que no apagão de agosto de 2003 da costa nordeste dos Estados Unidos, Nova York foi uma das cidades que registraram casos de saque. Magina o que aconteceria se os moradores da favela Coliseu, vizinha da Daslu, pensassem como os nova-iorquinos...
Neil
Ué ... todas as figuras governamentais, capitaniadas pelo calejado especialista no setor, o patético ministro das minas ( quais ? da casa da Eni ? ) e energia, que vieram à público insistiram na " absoluta segurança do sistema elétrico brasileiro, que hoje serve até de modelo para os EUA ..." tão seguro que ... apagou, êta .
Uma ausência que preencheu importante lacuna : a misteriosamente sumida Dilma, a Mãe do PAC e da segurança energética brasileira, ah, ah.
Os mano estavam ocupados , sendo assaltados por outros manos. Puta falta de critério.
Neil,
daqui de longe posso garantir que a melhor coisa do apagão foi essa foto que você tascou no post. Tô engasgada de rir. E lembrei que na época da criação da loja das prostiutas, Daspu, as boçailaites espernearam e quiseram impedir. Mas se intimidaram quando souberam o nome alternativo: Putique.
Neil:
Há benefícios até no apagão.
Quando do apagão,estavam num elevador,uma freira,uma garota linda e gostosa,um brasileiro e um argentino.No escuro ouviu-se um beijo seguido de um tapa estalado,
Paáfft!!
A freira pensou:
-"Um dêles beijou a moça e levou um
tapa na cara!"
A moça:
-"Um dêles quis me beijar ,beijou a freira e tomou um tapão na cara!"
O argentino:
-"O brasileiro beijou a moça e eu tomei um puta tapa na cara!"
O brasileiro:
-"Beijei minha mão,mas dei um puta tapa na cara dêsse argentino!"
Abraços(às claras)
Günther.
gabriel: ignorância e prepotência são filhas da mesma mãe.
perï: existe uma diferença fundamental entre aquilo que foi 'apagão' no governo fhc (e que gerou racionamento de 1 ano) e o que se chama de 'blecaute'neste atual (que durou 4 horas, foi solucionado e não deixou 'rabicho' de racionamento).
haha, putique é ótimo, marcia! e o simpático blecaute da foto, coitado, pouco deixou à posteridade, além da marchinha 'general da banda' e do cabelo passado à ferro. mas era um ótimo sujeito, dizem, e não deixava ninguém no escuro.
hahaha, gunther, adorei a piada!!
Neil
Existe mesmo uma diferença fundamental : naquela época vivíamos uma estiagem brutal, os reservatórios estavam quase secos, daí o racionamento ....
Só que ninguém propalava, 4 dias antes do apagão, a " irretocável e exemplar eficiência " do sistema energético.
Dilminha sentou numa bracciola elétrica.
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