quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Forever Young!

Show do Neil Young no Hyde Park de Londres, em junho deste ano. Na última música, um cover de "A Day In The Life", Paul McCartney aparece de surpresa (ao menos para o público). Sensacional! Assista até o final porque vale a pena... Neil Young é tuuuudo!!

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Guitar Heroes (5)


O cara foi tão genial que parece até injusto ‘reduzi-lo’ à condição de grande guitarrista. Afinal, Frank Zappa foi também cineasta, designer, arranjador, produtor, maestro... transitou pelo rock, blues, jazz fusion, música eletrônica, música atonal, música erudita. Além de ter a língua afiadíssima e encarnar como poucos a figura do outsider, do iconoclasta. E foi ainda um verdadeiro entertainer – seus shows, quase sempre, eram uma saudável e hilariante bagunça. Mas vou pela emoção. E foi a emoção contida nos solos sempre brilhantes da guitarra que Zappa me capturou, há muito tempo.

Comecei a prestar mais atenção em Frank Zappa por conta do fanatismo de dois velhos amigos, Navarro e Lugoma, autênticos e insuperáveis zappamaníacos. E olha que não era fácil manter-se atualizado e por dentro de tudo o que o cara fazia: em sua carreira de mais de 30 anos, Frank Zappa lançou nada menos do que 79 álbuns de estúdio (ao menos uma dezena deles, duplos ou triplos), e muitos outros gravados ao vivo - ‘oficiais’ e piratas. Frank Zappa nasceu em 1940 na cidade americana de Maryland. Desde adolescente, misturava o gosto por compositores de vanguarda como Edgard Varèse e Stravinsky com o r&b dos anos 50. Tornou-se músico autodidata e lançou em 1966 o primeiro disco (‘Freak Out!’) à frente de sua banda Mothers of Invention, trazendo uma improvável combinação entre o rock básico dos anos 50 com improvisações enlouquecidas e colagens sonoras. Era o mote: Zappa investiu nesse modelo e foi se tornando musicalmente cada vez mais ousado e mais ferino nas críticas ao show-business, às religiões, à hipocrisia moral norte-americana – foi um saudável ser politicamente incorreto, numa época em que nem se sonhava usar este termo. E à medida que crescia a sofisticada complexidade de sua música, tornavam-se ainda mais demolidoras e engraçadas as suas letras.

Produtivo e prolífico quase até o fim, foi um guitarrista originalíssimo e inovador (um dos primeiros a usar e abusar, com maestria, de recursos como ‘wah-wah’, por ex.) e muitos de seus discos são considerados essenciais na história do rock. Destaco apenas alguns (quase lógico dizer que não conheço todos): “We're Only in It for the Money” – de 1968, com capa genial, satirizando o Sgt.Peppers dos Beatles -, “Hot Rats” (1969), “The Grand Wazzoo” (1972), “Roxy & Elsewhere” e “Apostrophe” (ambos de 1974), “One Size Fits All” (1975), “Sheik Yerbouti” e “Joe’s Garage” (ambos de 79), “Boulez Conducts Zappa: The Perfect Stranger” (1984) e “Jazz from Hell (1986).

Zappa viveu de 1967 até o final com a mulher Gail Sloatman, com quem teve os filhos Moon Unit, Dweezil, Ahmet Emuukha Rodan e Diva Thin Muffin Pigeen. Foi ao lado deles que morreu, em 4 de dezembro de 1994. Dois dias depois, Gail distribuiu uma nota para a imprensa que dizia simplesmente: “Frank Zappa partiu para a sua última turnê, pouco depois das seis da tarde de sábado”.

No raro vídeo abaixo, à frente de uma das melhores formações do Mothers of Invention (com Ruth Underwood na percussão e xilofone, Napoleon Murphy Brock no sax e vocais, Chester Thompson na bateria e George Duke nos teclados, entre outros), Frank Zappa arrasa na sensacional ‘Florentine Pogen’. ENJOY!

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Lulalá


O Lula deu uma entrevista exclusiva para a Folha de S.Paulo, publicada ontem. A entrevista, lúcida e sincera, foi muito boa. Acontece que lá pelas tantas, perguntado sobre as 'alianças espúrias' com gente da laia de Collor, Sarney e outras aberrações, o presidente disse que "se quisesse governar o Brasil, Jesus Cristo teria que fazer coalizão até com o traidor Judas, diante da atual realidade pública".

Lula está sendo execrado por causa disso: editorial na Folha, coluna do Clóvis Rossi, cartas de leitores e até um repúdio oficial da CNBB.

RI-DÍ-CU-LO!!!

Em primeiro lugar, porque não tenho nenhuma dúvida de que ele está coberto de razão. E depois, porque a maioria das pessoas parece não ter entendido o que disse o Lula, e ficam repetindo a bobagem de que ele foi 'desrespeitoso', 'que Jesus nunca fez - ou faria - acordo com Judas' e outras baboseiras desse naipe.

Ou seja: mais uma vez, pegaram o Lula pra Cristo (detesto essa expressão, mas aqui acho que cabe). Na verdade, não percebem que, ao invés de crucificado, Lula está muito perto de ser canonizado; e isso, por universos tão díspares quanto a maioria do povo brasileiro e a comunidade política e diplomática internacional.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Marge Negona


Tá sendo muito comentado aqui, ali e alhures: a estrela da última edição da Playboy americana é Marge Simpson. Como? Um personagem de cartum posando nua? Pois é... Mas o mais interessante é que em NENHUM LUGAR eu vi o que o Gabriel do Afroências postou em seu blog (linkado aí ao lado). A capa da revista é uma reprodução do número que trazia, pela primeira vez (em 1971), uma negra na capa da Playboy americana.


O fato confirma a antiga tese de que a família Simpson é negra; Matt Groening os criou amarelos para serem 'aceitos' pela grande mídia e pelo americano 'comum'. Grande jogada do Matt e grande sacada do Gabriel. Por apenas replicar o que ele disse muito melhor lá no Afroências, esse post inaugura aqui a categoria dos 'não-posts'. Porém relevantíssimos!

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Musas de Qualquer Estação


Demorou, mas finalmente aí está: ANGELINA JOLIE. Assim mesmo, em maiúsculas! Reverenciada pela maioria dos homens e execrada por muitas mulheres, como 'sói'(epa!) acontecer com as lindonas. Ainda mais, se for casada com o Brad Pitt hehe...

Angelina tem uma boca sensacional (sem 'preenchimento') e um corpo escultural - não 'mexido' e com treze tatuagens, dizem. Nasceu em 4 de junho de 1975, filha do ator Jon Voight, com quem vive uma relação tempestuosa (há alguns anos, estão completamente rompidos). Já foi punk, já foi 'gótica' e costumava automutilar-se com facas e canivetes na adolescência. Depois, estudou arte dramática no famoso Lee Strasberg Institute e participou de videoclips de Lenny Kravitz e dos Stones, até estabelecer uma carreira cinematográfica de altos e baixos, onde há lugar para filmes péssimos - como 'Lara Croft: Tomb Raider', de Simon West - e outros ótimos - como 'Changeling', de Clint Eastwood.

Sem dúvida, uma figura e tanto. Em seu terceiro casamento e mãe de uma penca de crianças adotadas e naturais, Angelina parece querer deixar pra trás a fama de 'devoradora de homens', assim como já conseguiu provar que é uma boa atriz (ah, a eterna batalha das beldades pra ir além daquilo que a natureza já lhes deu...). Mas não basta: Angelina também se transformou em uma das 'boas samaritanas de plantão', correndo o mundo em favor de causas humanitárias. Não estou criticando nada, mas me causa uma certa compaixão essa obsessão pela auto-afirmação. 'Sou boa mãe, sou boa atriz, sou uma boa pessoa, viu?' Tá bom, Angelina, mas... mesmo que seja só por alguns minutos... dá pra você ser só A gostosona?

terça-feira, 13 de outubro de 2009

A neusa-loira e o médico-monstro



Uma quase segunda-feira, de céu nublado e trânsito difícil. Chego no trampo, abro o jornal e me deparo com essa, na coluna da Monica Bergamo:

Apresentadora do 'Pânico na TV' e capa da próxima edição da 'Tpm', Sabrina Sato adiou a cirurgia para remover a pinta de sua testa. A operação, que estava programada para o dia 2 de novembro com o médico Robert Rey, o 'Dr.Hollywood', teve que ser remarcada. É que o cirurgião e a paciente estão em negociação para que ambos possam filmar o procedimento, para exibir em seus respectivos programas de televisão.

Alguém me empresta uma AR-15?

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Galeria dos Chatos, 2a. edição

Atendendo a pedidos...


Marcio Canuto, o gritador, desagradável e inconveniente repórter 'engraçadinho' da TV Globo. Cadeira elétrica seria uma boa...


Carolina Dieckmann, bonitinha mas... Quem já teve chance de cruzar com a moça, garante: seria melhor não ter conhecido.


Diogo Mainardi. É um sujeito culto e inteligente. Por que então se prestar a esse papel ridículo de ponta de lança anti-lula da revista Veja?


Raimundo Fagner. Confesso que gosto de algumas músicas (bem)antigas dele, mas o sujeito sempre foi um mala, arrogante e desagradável, além de feio pra carái... Ontem, por exemplo, em artigo na Folha de S.Paulo, teve o desplante de dizer que Mercedes Sosa devia a ele a sua 'volta ao sucesso'. Impressionante!


Segurando a bandeira 'alta cultura' dessa lista, Gláuber Rocha. OK, respeito a importância do cara pro cinema e blábláblá, mas sempre foi um chatonildo. E confesso: não tenho o menor saco pra assistir seus filmes.


Marcos Mion. O cara acha que é apresentador de TV, acha que é engraçado, acha que é gostosão, acha que é ator. E eu acho que ele é só mesmo um puta chato.


Oscar Schmidt. Quem aguenta o ex-jogador de basquete em seu interminável discurso pró-família e patriota? Além disso, alguém lembra que o chorão de plantão foi candidato a senador na chapa do Maluf?


Otávio Mesquita. Começou entrevistando traveco na entrada do Gala Gay, virou imitador do Jabaury Jr. (aff...), tornou-se amigo de 'celebridades' e bajulador de poderosos. Vade retro!!


Regina Duarte. No papel de 'namoradinha do brasil', já era uma chata de galocha. Quase se levantou naquele 'Malu Mulher' (faz teeeempo...), mas depois do episódio do 'tenho medo' na campanha do Serra pra presidente, caiu definitivamente em desgraça.


Dose dupla pra fechar com 'chave de ouro': Parreira e Zagallo. Ao contrário de muitos, acho que esses dois fizeram mais mal do que bem pro futebol brasileiro. Além de serem arrogantes, ranzinzas, antipáticos, teimosos...

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Una lágrima


Seu rosto, sua expressão marcada, sua voz profunda, eram a própria personificação da sofrida e maltratada América Latina espanhola. A nossa mãe índia, com suas veias abertas e o canto a plenos pulmões.

Gracias por su vida, Mercedes.
Agradezco a ti y lloro por nosotros.
Que se vaya bién.

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

E nem precisa de lua cheia...


Esse maluco aí é Shaun Ellis, um inglês que resolveu dedicar sua vida à pesquisa do comportamento dos lobos. Soube da existência dele ontem, por meio de uma matéria da Folha. E fiquei impressionado: o cara vive longos períodos junto com uma alcatéia em uma reserva florestal do norte da Inglaterra; para maior integração, uiva, late e até come com os lobos, como parece prestes a fazer na foto acima.

É claro que a história de Shaun nos remete imediatamente ao Homem Urso, transformado em ótimo documentário por Werner Herzog e já comentado anteriormente aqui neste blog. Mas agora, o Homem Lobo promete superar o Homem Urso: a partir da próxima segunda-feira, 22 horas, o canal Animal Planet passa a exibir a série 'Uma Estranha Entre os Lobos', espécie de reality show em que a namorada de Shaun, Hellen Jeffs (essa aí embaixo), encara o desafio de 'tornar-se uma loba' - viver entre eles e, mais difícil, sobreviver à aventura.

Para isso, Helen já recebeu as dicas do queridão: dieta rica em proteínas, sem açúcar ou laticínios, para não perturbar o faro dos animais; nem pensar em tomar banho, lavar ou trocar de roupa; e deixar tratar-se de eventuais feridas (as brincadeiras dos lobos tem certa violência...) apenas com a saliva dos bichos (ou seja: deixar-se lamber). E pra finalmente obter o respeito e a confiança de sua nova 'família', sempre regurgitar carne crua recém-ingerida na boca dos lobos.

O Homem Urso também teve a infeliz idéia de levar a namorada pra conviver com seus novos 'amiguinhos'; acabaram ambos devorados por um peludo que acordou de mau humor. A expectativa pelo que acontecerá com Shaun e Hellen é a garantia do sucesso de audiência da nova série. No entanto, o que realmente me desperta a atenção em histórias como essa não é o comportamento dos animais selvagens - de maneira geral, previsível e plenamente justificado. Me interessa a bizarrice humana, para a qual parece mesmo não haver limites.