quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Uma cidade: Estocolmo


A capital da Suécia foi uma das poucas capitais européias não atacadas durante a Segunda Guerra. Por isso, e graças ao conhecido valor que os nativos sabem devotar à cultura e à história, permanece como um museu a céu aberto, uma impressionante coleção de construções que remontam à Antiguidade, passam pela Idade Média e alcançam o ápice da Renascença e da Modernidade. Cortada por canais, Estocolmo é uma cidade que alterna o transporte terrestre com o aquático – historicamente, a Escandinávia é uma região que tem fascínio pelas águas; desde os vikings e provavelmente, antes disso.

Aliás, é em Estocolmo que está um dos mais interessantes museus do mundo, o Vasa. Ele possui apenas uma peça principal: um imenso e espetacular navio de guerra viking. Soube que o encontraram no fundo de um dos canais da cidade e passaram décadas ‘tratando’ o navio embaixo d’água, de forma a preservá-lo quando fosse trazido à tona. Assim aconteceu: colocaram a nau na margem do canal e em torno dele construíram o Vasa Museum. Inaugurado em 1990, é o museu mais visitado da Escandinávia e o galeão é a única grande embarcação do século XVII intacta, hoje remanescente no mundo. Espetacular.

Mas Estocolmo tem também uma agitada e moderna vida noturna, muita música e aquavit rolando, lindas mulheres... e pra mim, fuçador incorrigível de jazz e rock, foi ainda por cima uma agradável surpresa constatar que a cidade possui uma rua inteira só de sebos de CDs piratas e raridades inacreditáveis! Vale a pena também rodar o país (que possui apenas pouco mais de 8 milhões de habitantes): ao sul, da cidadezinha universitária de Lund (que parece saída de um conto de fadas), em meia hora de barco, chega-se à Copenhague, a interessante capital da Dinamarca; ao norte, nas geladas noites do inverno, o espetáculo único da Aurora Boreal.

Entendo que, pela vida ‘certinha’ demais e pelo frio que perdura por mais da metade do ano (os dias chegam a ter apenas 4 horas em dezembro e janeiro!), é quase impossível para nós, seres tropicais, morar na Suécia. Mas não tenho dúvidas de que Estocolmo é uma das cidades mais ‘visitáveis’ do planeta.

13 comentários:

jayme disse...

Eu tenho uma imensa curiosidade por Estocolmo, e uma igualmente imensa carência de recursos para chegar até lá. Espero que a segunda imensidão dure menos que a primeira.

Anônimo disse...

deve ser linda mesmo.
minha única restrição é que mónumpatropi...
já pensou o banzo que dá a falta de sol?
agora, turistando, com um bom número de euros na carteira só vale!

anna

Anônimo disse...

parece materia do caderno turismo.

toda vez que alguem fala o nome dessa cidade eu penso: estocolmo, estoucalma. dãr.

Neil Son disse...

o importante, jayme, é que a imensa curiosidade por estocolmo ou por qualquer outro lugar permaneça viva, independente da imensa carência de recursos. assim, de alguma forma já estamos lá - e a chance de ir estará sempre presente.

Neil Son disse...

morar realmente é difícil, anna. mas passar uma semaninha naquele frio-cão é uma experiência bem legal, viu?

Neil Son disse...

franka: matéria de caderno de turismo sempre tem um gosto de jabá; não é o caso aqui. e sorte sua que estoucalmo...

Anônimo disse...

Neil
vamos aos importantes detalhes
sócio-antropológicos-libidinosos : e as lindas mulheres, geladas como a previsão do tempo ?

jayme disse...

Peri, comentário tecno-machista: não existem mulheres geladas, é uma questão de qualidade do microondas.

Neil Son disse...

peri, as suecas são geladas... por fora.

Neil Son disse...

jayme: a radiação eletromagnética gerada por fornos microondas, pode trazer graves consequências à qualidade e à consistência do alimento.

Anônimo disse...

Pois eu Estou Como!
Bjs.
Sibila

Neil Son disse...

comme il faut, sibila.

bruna alves disse...

Eu amo estocolmo por que è um pais sustentavel , em minha opiniãõ o melhor e mais lindo eu quando for independente vou morrar en estocolmo.