terça-feira, 18 de dezembro de 2007

Jogando bola, fazendo música... e indo à praia!




Kaká e Marta foram eleitos ontem, por técnicos do mundo todo, os melhores jogadores de futebol do planeta no ano de 2007. O fato reaviva em mim, a seguinte questão: apesar da intelectualidade brazuca rechaçar o estereótipo do Brasil que faz sucesso lá fora – mulheres, futebol e música -, acho uma besteira a gente ter vergonha disso, brigar contra isso, querer fugir disso.
A cultura brasileira é mesmo o que temos de melhor: futebol e música são as áreas onde, sem dúvida, nos destacamos em escala mundial. E as mulheres? Aí realmente é um problema (por envolver ‘coisificação’, machismo e turismo sexual), mas mesmo nesse aspecto, o Brasil poderia se aproveitar dessa ‘fama’, para direcionar o interesse em termos de turismo ‘saudável’, de praias, de sol, das paisagens espetaculares que temos.
Assim, creio que deveria se investir seriamente em um projeto de médio e longo prazo para a música brasileira e o futebol. E aliar essas duas coisas a um projeto verdadeiramente profissional de turismo.


No futebol - masculino e feminino -, o investimento em categorias de base, a faxina nos clubes e na CBF, o alijamento dos cartolas corruptos que há décadas mandam e desmandam, a dinamitação do monopólio da TV Globo - tudo isso para garantir, no futuro, a permanência dos craques brasileiros por aqui, para vender à Europa as transmissões de TV de um Campeonato Brasileiro bem organizado e cheio de estrelas, e para conectar o futebol ao turismo, oferecendo ‘pacotes’ ao exterior.


Na música, a organização de ‘trupes’ cooperativas, com apoio oficial do governo para turnês em circuitos universitários da Europa e dos EUA , entre outras ações domésticas como a moralização do sistema de arrecadação de direitos autorais e a democratização do acesso ao ‘ouvir música’ e ao ‘fazer música’ – nas praças, nos coretos, nas estações de metrô, nos bares e restaurantes.
E no turismo, a implantação de um sistema sério de preservação e valorização de praias e outras belezas naturais, com o possível estabelecimento de comitês locais de gestão. São apenas idéias embrionárias, mas sustentadas por um conceito simples e do qual deveríamos nos orgulhar: somos sim o país do futebol, da música e das belas praias! E a partir dessa valorização correta e profissional, as portas estariam abertas, lá fora, para a justa valorização da nossa ciência e da área dos negócios, de forma abrangente.

8 comentários:

anna disse...

cara, se "nunca nesse país" pudesse ler esse super plano de turismo, ele engavetaria a dona marta e te colocaria no lugar!
excelente análise e ações.

Anônimo disse...

annaannanna... são seus olhinhos...

Anônimo disse...

Aêê neil, acho tudo isso também. É campanha pra plebicito? Voto SIM.

Anônimo disse...

neil: post de futebol?

hahaha. o "quase" é blog com post de música, mulher e futebol?

Anônimo disse...

paula, aqui vai uma ameaça: se continuar essa chuva de confeti, olha que eu começo uma carreira política, hein???

Anônimo disse...

franka, o blog é um pouco de tudo, como diz o nome. entre esse tudo, futebol, mulher e música acabam levando vantagem, já que são talvez as 3 coisas de que mais gosto nessa vida.

GUGA ALAYON disse...

concordo em gênero e grau.

jayme disse...

Acho que o turismo poderia ser a salvação da lavoura por aqui. Mas quem cuida? Quem propõe uma política de médio e longo prazo? Aliás, planejamento não é uma característica genética do pensamento de esquerda? Neil, vai lá e põe as coisas no lugar.