
Nascida em Cleveland no dia 14 de agosto de 1966, Halle Berry foi
cheerleader, foi Miss Ohio, foi modelo e foi figurante de séries de TV. Despertou a curiosidade de Hollywood ao viver uma viciada em crack no ótimo
Jungle Fever, de Spike Lee, em 1991. Para o papel, viveu duas semanas com os
homeless barra pesada de Nova York, sem tomar banho e repartindo com eles o que cada um coletava nos latões de lixo da cidade. Depois disso, foi sua beleza que chamou a atenção do público em
Flintstones (de Brian Levant, 1994); mas o talento como atriz só foi reconhecido a partir do ano seguinte, quando co-estrelou com Jessica Lange o drama
Losing Isaiah, de Stephen Gyllenhaal.

Em 1999, Halle Barry representou na TV americana a biografia de Dorothy Dandridge, primeira atriz negra a ser indicada para o Oscar de Melhor Atriz; e curiosamente, Halle foi a primeira negra a ganhar tal prêmio, em 2002, por sua atuação em
Monster’s Ball (de Marc Forster). A partir disso, seu cachê aumentou, mas o mesmo não se pode dizer da qualidade dos filmes em que participou. Como destaques, refez a clássica cena
bondiana, imortalizada por Ursula Andress (aquela, saindo do mar) em ‘Satânico Dr.No’, fez uns dois ou três
X-Men e ainda,
Catwoman, em 2004. O filme é péssimo, mas Halle Berry como Mulher-Gato é um arraso de sensualidade…

Halle Berry é diabética e surda de um ouvido (por conta de agressões sofridas de um antigo namorado, nos anos 90). Mas tem senso de humor: foi a única atriz que ganhou o Troféu Framboesa, de Pior Atuação do Ano (por
Catwoman), e teve a a coragem de ir receber o prêmio. Em seu discurso de ‘agradecimento’, mandou essa:
"Thank you and I hope to God I never see you guys again". Halle Berry está em seu terceiro casamento e acaba de dar à luz sua primeira filha, Nahla Ariela; desde então, mudou-se para o Canadá. Engajou-se ferrenhamente na campanha de Barack Obama à presidência e sobre o tema
black, declarou o seguinte:
“Negritude é um estado de alma e eu me identifico com a comunidade black. Principalmente porque percebi, desde muito cedo, que quando eu entro em qualquer lugar, as pessoas vêem uma mulher negra, com todos os estereótipos – para o bem e para o mal – que estão associados a essa imagem. E quando me olho no espelho, eu não vejo uma mulher branca, e sim uma negra. Isso apesar da minha mãe ser branca. Acho que a aceitação disso gerou orgulho; e esse orgulho tornou a minha vida menos difícil”.