terça-feira, 3 de junho de 2008



Foi amigo de infância de João Gilberto. Ambos naturais de Juazeiro, Bahia, fundaram juntos em 1946, o conjunto vocal Enamorados do Ritmo. Em 1957, mudou-se para o Rio de Janeiro, onde morou na mesma pensão que João. Deu aulas de violão, cantou na noite carioca e ali conheceu Tereza Souza, que se tornou sua esposa e parceira em várias músicas. Participou, como vocalista, ao lado de João Gilberto e Tom Jobim, do histórico LP “Canção do amor demais”, disco de Elizeth Cardoso que é considerado o 'estopim' da Bossa Nova. Até o final dos anos 60, gravou diversos discos, cantou muito, teve músicas gravadas por Elis, Jair Rodrigues, Claudete Soares, Alaíde Costa, Agostinho dos Santos, Os Cariocas. Em 1974, abriu com Teresa o Nossoestúdio, templo da boa música instrumental e dos melhores jingles, encravado numa ruazinha do bairro de Perdizes. Dali surgiu a gravadora Som da Gente, responsável nos anos 80, por mais de 50 lançamentos de gente como Hermeto Pascoal, Hugo Fattoruso, Heraldo do Monte, Cama de Gato, Arthur Maia, Hector Costita, Amilson Godoy, Grupo D'Alma e uma infinidade de outros. De 1962 a 2004 produziu, com Tereza Souza, mais de 5000 jingles e mais de 3000 trilhas publicitárias, tendo recebido inúmeros prêmios no Brasil e no exterior. Em 2003, acompanhou a filha Luciana Souza (cantora consagrada no meio 'cult' musical dos EUA) em três faixas do CD 'Brazilian Duos'.

Amanhã vou na missa.
Missa de sétimo dia.
Homenagem à Walter Santos.
Grande artista, bela pessoa, querido amigo.

9 comentários:

anna disse...

acho legal que vá.
apesar dela, a missa, ter um significado estranho prá mim, vejo como uma homenagem a quem já foi e aos seus familiares.

acho mesmo legal que vá.

Anônimo disse...

Um belo legado. Não o conheci pessoalmente. Que pena. tem tanta gente, tanta coisa que a gente podia aproveitar mais, enquanto na terra, né? é preciso estar atento, e forte... Pat Gas.

Neil Son disse...

tyb não sou nada chegado a missas, anna. mas vou exatamente pelo que você falou: por ele e pela família - com quem já trabalhei, viajei, me diverti, discuti, cresci. com quem convivi, enfim.

Neil Son disse...

não o conheceu pessoalmente, pat? essa pra mim é uma surpresa... o walter era uma figuraça! sempre sorridente, com aquele jeitão baiano bonachão, ótimo contador de causos...

Lord Broken Pottery disse...

Concordo com a Anna. Missa para mim tem um significado diferente. Quando vou, e acredito que você o faça da mesma maneira que faço, é para pensar nos amigos que se foram. Prestar minha homenagem conversando, internamente, com eles.
Grande abraço

Neil Son disse...

lord: eu sou ainda mais radical. não gosto de missa e ponto final. nem pra lembrar os que se foram (prefiro fazer isso de outras maneiras). mas muito de vez em quando (como neste caso), abro exceções...

GUGA ALAYON disse...

gde músico! Pena!

Anônimo disse...

Marcio meu querido,
obrigada por traduzir a beleza da vida de papai em palavras t�o lindas.
Obrigada pela amizade de sempre, a candura e o carinho.
Ver voc� e Patr�cia na missa resgatou tanta coisa boa...
Gratid�o e amizade, sempre
Um beijo imenso

Rifka, Carla, Adriana, Dudu, Luciana e Tereza. Carinho de toda Fam�lia Santos Souza
( Ps- Walter gostava muito de voc�.

Neil Son disse...

Rifka, Carla, Adriana, Dudu e Tereza - ontem na missa, o padre disse algo que me soou perfeito: 'não estamos aqui para lamentar a morte, e sim para celebrar a vida de Walter Santos'. Nada serve como consolo neste momento, é claro, mas é muito bom olhar as coisas dessa perspectiva. O Walter gostaria, tenho certeza.